Ferreira, Heitor Jardim

Von Eye, Carol Corso

Portuguese

Lume 5.8

Evento Salão UFRGS 2018: XIV SALÃO DE ENSINO DA UFRGSAno 2018Local Campus do Vale - UFRGSTítulo A Escola e o Dia Internacional de Luta Contra Homofobia:nomeando possibilidades de serAutores CAROL CORSO VON EYEHEITOR JARDIM FERREIRAOrientador RUSSEL TERESINHA DUTRA DA ROSARESUMO: Cotidianamente, a importância da escola é reafirmada, não só na formação instrumental e técnica de                cidadãos como no desenvolvimento de pessoas empáticas e críticas. Porém, ainda se busca os caminhos a serem                 traçados para que se consiga alcançar esse ponto, onde a educação libertadora atua como ferramenta na formação de                  sujeitos que constroem sua própria autonomia. Analisando as múltiplas dimensões da construção da autonomia está,               centralizado e indissociável, o direito sobre o próprio corpo e ao existir, sendo fundamental a discussão no ambiente                  escolar sobre diferentes formas de existir. A partir da experiência de diálogo sobre diversidade de identidades e                 identificações de Gênero e de Sexualidade, durante o período de Estágio de Docência Obrigatório em Biologia,                realizado no Instituto Estadual Rio Branco entre os meses de abril e julho de 2018, planejou-se uma discussão sobre                   LGBTfobia no dia 17 de maio, marcando o Dia Internacional de Luta Contra a Homofobia. A atividade, realizada                  com turmas de ensino médio regular do período noturno, foi organizada em três etapas. Inicialmente, apresentou-se                um histórico de lutas e conquistas LGBT+ dentro de um panorama internacional e brasileiro, criando terreno                propício para que as discentes tecessem análises críticas sobre as dimensões sociais, jurídicas e religiosas do tema.                 Em sintonia com os temas levantados pela turma foi exibido o filme de curta-metragem ‘Em Defesa da Família’, que                   ilustra o cotidiano de uma casal de mulheres lésbicas, suas rotinas familiares e de trabalho na Câmara de Deputados                   em contraste com a discussão do Estatuto da Família, em 2015. O curta, que traz de maneira leve as dinâmicas                    sociais enfrentadas por uma família composta por duas mães, possibilitou o debate da turma no sentido de apontar                  que o respeito às diversidades conduz à uma perspectiva, centrada não somente naquele que se permite ser, mas no                   que limita a existência de outros corpos. Nesta partilha de perspectivas, vieram à tona alguns relatos de homofobia                  na escola direcionados à discentes e docentes. Apontou-se a forma que o machismo modela as relações humanas,                 tornando algumas aceitáveis e outras não. Protagonizando essa discussão, estavam as estratégias utilizadas pelos              discentes para combater a homofobia dentro do ambiente familiar, e fomentou-se pensar sobre novas maneiras de                lutar coletivamente contra a homofobia nos ambientes públicos, desconstruindo estereótipos e preconceitos            imagéticos que se sedimentaram no imaginário da população ao longos dos anos. Houve grande engajamento na                discussão por parte das turmas. Durante a atividade, foram explicados os sentidos de conceitos que designam a                 pluralidade de sexualidades existentes, como o conceito de gênero e o paradigma da heterocisgeneridade, a fim de                 problematizar a norma  em relação à diversidade sexual. A ampla interação e compartilhamento de visões excedeu                nossas expectativas. Os discentes compartilharam suas impressões sobre a discussão realizada, considerando a             experiência positiva e explicitaram o desejo de dar continuidade ao debate dentro de um contexto de Educação para                  a Sexualidade, que lhes foi negado durante a sua trajetória escolar. Tendo em vista tudo que abrange a discussão das                    existências e resistências a diferentes formas de opressão, entende-se o papel da escola na promoção dos Direitos                 Humanos. Para isso é vital posicionar-se na discussão e defender as liberdades de expressão, de ensino e de                  aprendizagem nesse território educacional, constituindo assim um ambiente seguro onde é possível aprofundar as              discussões, oferecendo a todas e todos as mesma condições de compreensão de mundo e de si próprios nas relações                   sociais.  Palavras-chave: homofobia, LGBT+, educação 

A Escola e o Dia Internacional de Luta Contra Homofobia: nomeando possibilidades de ser

https://lume.ufrgs.br/bitstream/10183/192581/1/Ensino2018_Resumo_60468.pdf

A Escola e o Dia Internacional de Luta Contra Homofobia: nomeando possibilidades de ser

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