Araujo, Camila Scartezini de

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Lume 5.8

Evento Salão UFRGS 2018: SIC - XXX SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICADA UFRGSAno 2018Local Campus do Vale - UFRGSTítulo ANÁLISE DA COMPOSIÇÃO FAUNÍSTICA DE AFLORAMENTOSFOSSILÍFEROS DO MUNICÍPIO VALE DO SOL, RS (TRIÁSSICOSUPERIOR, SUPERSEQUÊNCIA SANTA MARIA), E SUASIMPLICAÇÕES BIOESTRATIGRÁFICASAutor CAMILA SCARTEZINI DE ARAUJOOrientador MARINA BENTO SOARESANÁLISE DA COMPOSIÇÃO FAUNÍSTICA DE AFLORAMENTOS FOSSILÍFEROS DO MUNICÍPIO VALE DO SOL, RS (TRIÁSSICO SUPERIOR, SUPERSEQUÊNCIA SANTA MARIA), E SUAS IMPLICAÇÕES BIOESTRATIGRÁFICAS  Camila Scartezini de Araujo, Marina Bento Soares (orient.) Universidade Federal do Rio Grande do Sul  A correta identificação taxonômica dos fósseis coletados é um passo fundamental no processo de correlação bioestratigráfica entre diferentes localidades. A Supersequência Santa Maria (SSM, Triássico Superior) aflora em pontos esparsos no centro do estado do Rio Grande do Sul (RS), sendo subdividida em quatro sequências (Pinheiros-Chiniquá, Santa Cruz, Candelária e Mata) caracterizadas por distintas zonas de associação de vertebrados fósseis (ZA). No município Vale do Sol, mais precisamente no conjunto de afloramentos ao longo da BR153, relacionados à Sequencia Candelária, diversos materiais fósseis foram coletados e depositados no Laboratório de Paleontologia de Vertebrados, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS-PV) e no Museu Municipal Aristides Carlos Rodrigues (MMACR) de Candelária, entre os anos de 2011 e 2018. Estes achados permanecem inéditos, uma vez que não existem publicações científicas sobre os fósseis. Este trabalho tem como objetivo realizar um estudo taxonômico dos vertebrados fósseis coletados nos afloramentos da BR153, e correlacionar bioestratigraficamente esta associação faunística com as de outros afloramentos da SSM. Com base nos livros tombo, anotações de campo e perfis estratigráficos fornecidos pelos pesquisadores envolvidos nas coletas anteriores, realizou-se uma extensa análise das informações de procedência e posição estratigráfica dos espécimes. A partir daí, os nomes dos afloramentos foram padronizados, sendo definidos como: Afloramento “Mangueira”, Afloramento “Degrau” e Afloramento “Placa”. Novos trabalhos de campo foram realizados nos três afloramentos a fim de obtenção de coordenadas geográficas e marcação dos níveis de coleta de fósseis. Os materiais (n= 93) foram organizados de acordo com o tipo de informação de coleta disponível (afloramento procedente, nível estratigráfico, possíveis materiais associados, etc.). Espécimes com maior potencial de identificação taxonômica foram preparados mecanicamente, com o auxílio de martelo pneumático, para posterior comparação e identificação com base na literatura especializada e com o acervo da UFRGS-PV. Os resultados preliminares mostram que o clado Hyperodapedontinae (n= 32) (Archosauromorpha, Rhynchosauria) representa 78,04% dos materiais já identificados (n= 41), confirmando a ocorrência de Hyperodapedon sp. (e.g., UFRGS-PV-1383-T e UFRGS-PV-1384-T) e H. mariensis (e.g., UFRGS-PV-1382 -T e UFRGS-PV-1273-T). Outros grupos são exemplificados pelos Cynodontia: UFRGS-PV-1368-T, um material parcialmente completo de Exaeretodon riograndensis associado à Trucidocynodon riograndensis (UFRGS-PV-1385-T). O gênero Hyperodapedon é um componente abundante da ZA de Hyperodapedon da Sequência Candelária, o que, corroborado pela ocorrência de Exaeretodon e Trucidocynodon, também já registrados na ZA de Hyperodapedon, possibilita a correlação direta de Vale do Sol, com outros afloramentos desta ZA, como Janner (município de Agudo) e Buriol (município de São João do Polêsine), entre outros. Para a construção de uma bioestratigrafia mais precisa dessa associação faunística e futura correlação as de outros afloramentos da Sequência Candelária a identificação dos demais materiais é necessária, assim como o resgate do máximo de informações possíveis sobre a posição estratigráfica de coleta dos mesmos.  

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