Nascimento, Luiza de Oliveira

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Lume 5.8

Evento Salão UFRGS 2018: SIC - XXX SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICADA UFRGSAno 2018Local Campus do Vale - UFRGSTítulo Ampliando olhares sobre a não adesão ao tratamento emsaúde mental de crianças e adolescentes na rede pública dePorto Alegre/RSAutor LUIZA DE OLIVEIRA NASCIMENTOOrientador ROSEMARIE GARTNER TSCHIEDELAmpliando olhares sobre a não adesão ao tratamento em saúde mental de crianças e adolescentes na rede pública de Porto Alegre/RS Autora: Luiza de Oliveira Nascimento Orientadora: prof.ª Rosemarie Gartner Tschiedel Universidade Federal do Rio Grande do Sul  Esta pesquisa visa a conhecer os motivos que levaram à não adesão ao tratamento em saúde mental de crianças e adolescentes em dois serviços especializados de Porto Alegre/RS. O projeto, elaborado no contexto PET-Redes a fim de contemplar demandas da Rede de Atenção à Saúde (RAS) integrando ensino-serviço, considerou a importância do acesso, quando necessário, de crianças e adolescentes ao atendimento especializado. Os objetivos são problematizar o termo “adesão”; mapear os pontos de atenção e percursos realizados pelos/as usuários/as e quantificar e compreender as situações de não adesão, abordando as diferentes dimensões que constituem este problema. Trata-se de uma pesquisa quantitativa-qualitativa, na qual o método cartográfico é transversal às etapas de forma a articulá-las com a experiência. No que se refere à parte quantitativa, os dados foram produzidos a partir de prontuários e bancos de dados para análise dos acolhimentos no período de agosto/2013 a julho/2014. No serviço A, 36% dos casos acolhidos trataram-se de não adesão, e, no serviço B, 24,5% (considerando que os dados referentes à adesão incluem abandonos posteriores). Foram quantificadas e relacionadas informações como distritos de residência e sexo dos(as) usuários(as) acolhidos, área de atuação do(a) profissional que realizou o acolhimento, entre outras. Tais resultados foram organizados e apresentados aos serviços, propiciando a restituição às equipes, que tiveram a oportunidade de colocar em questão o que produzimos, bem como a sua própria prática. Na etapa qualitativa, foram realizadas entrevistas semiestruturadas sobre os percursos realizados com dez familiares ou responsáveis por usuários(as) sorteados(as) - o que já diz de uma especificidade na construção do vínculo no tratamento de crianças e adolescentes: a implicação de um(a) terceiro(a) responsável. Muitas entrevistas evidenciaram a falha na coprodução do tratamento, e todas mostraram que os motivos para a não adesão são complexos e multifatoriais. O processo de realização das entrevistas também foi compartilhado com os(as) trabalhadores(as) dos serviços e analisado na pesquisa, pois enunciou as dificuldades dos próprios serviços relacionadas à busca ativa e à articulação com a rede de atenção. Constatamos que o encontro entre a produção de um tratamento em saúde mental, o campo da saúde da criança e do adolescente e as especificidades da rede pública não se trata apenas de uma “soma” de problemas independentes entre si, mas sim de uma articulação de diferentes tramas que produz um novo campo problemático e evidencia o caráter complexo da situação de não adesão. Conclui-se que o termo “adesão” deve ser compreendido de forma ampliada, como um processo em que a proposição do tratamento deve ser compartilhada entre usuário(a), responsável e profissional, integrando interesses e saberes e trabalhando com a singularidade das situações. 

Ampliando olhares sobre a não adesão ao tratamento em saúde mental de crianças e adolescentes na rede pública de Porto Alegre/RS

https://lume.ufrgs.br/bitstream/10183/191395/1/Resumo_58967.pdf

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