Bosa, Vera Lúcia

Giesta, Juliana Mariante

Kudo, Karen Yurika

Pessoa, Juliana Salino Moura

Rosa, Suélen Ramon da

Santos, Juliane Alves

Zoche, Ester

Portuguese

Lume 5.8

36ª SEMANA CIENTÍFICA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE              279  Clin Biomed Res 2016; 36 (Supl.)     P 1711 Associação de fatores maternos e introdução precoce de alimentos ultraprocessados na alimentação de crianças de 4 a 24 meses Juliane Alves Santos; Karen Yurika Kudo; Ester Zoche; Juliana Mariante Giesta; Juliana Salino Moura Pessoa; Suélen Ramon da Rosa; Vera Lúcia Bosa - HCPA  Introdução: As práticas alimentares na infância, principalmente nos primeiros dois anos de vida, são fatores determinantes na formação de hábitos alimentares. No primeiro semestre de vida, recomenda-se aleitamento materno exclusivo, e após, início da alimentação complementar. A escolha de alimentos adequados durante esta fase é essencial para suprir necessidades nutricionais e prevenir doenças crônicas. Entretanto, há uma crescente presença de alimentos ultraprocessados sendo introduzidos cada vez mais precocemente e consumidos em excesso como substitutos de alimentos in natura ou minimamente processados. Objetivos: Identificar associações entre fatores maternos e introdução precoce de alimentos ultraprocessados na alimentação infantil. Métodos: Estudo transversal com 298 crianças entre 4 e 24 meses de idade internadas nas unidades pediátricas do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Aplicou-se questionário sobre dados socioeconômicos e introdução da alimentação complementar. Variáveis analisadas: idade materna, escolaridade, renda, paridade e se frequentava creche. Para associação entre consumo de alimentos ultraprocessados e fatores maternos foi utilizado o teste qui-quadrado de Pearson ou Teste Exato de Fisher, considerou-se nível de significância <0.05. Resultados: Apenas 20,8% ainda não haviam consumido ultraprocessados. Os principais alimentos introduzidos precocemente foram bolachas simples, gelatinas e iogurtes. Em relação a idade materna, 58,3% das crianças de mães com ≤ 19 anos consumiram antes dos 6 meses, enquanto que 58,1% das mães com ≥ 35 anos introduziram após os 6 meses de idade (p=0,014). Entre as mães com até 8 anos de estudo, 53% ofereceram estes alimentos antes dos 6 meses, já as mães com escolaridade ≥ 12 anos 44,4% ainda não haviam oferecido (p=0,008). Entre as crianças que não frequentavam creche 48,5% consumiram antes dos 6 meses e 52,2% das que frequentavam, consumiram após os 6 meses (p=0,002). 39,8% das mães que tinham mais de 1 filho, ofereceram estes alimentos após os 6 meses (p=0,033). 77,3% das crianças de mães que tinham renda menor que um salário mínimo consumiram alimentos ultraprocessados no primeiro semestre de vida (p=0,011). Conclusão: As mães mais jovens e de classes socioeconômicas menos privilegiadas possuem, com maior frequência, práticas alimentares inadequadas à criança. Unitermos: Alimentos ultraprocessados; Alimentação complementar; Crianças  

Associação de fatores maternos e introdução precoce de alimentos ultraprocessados na alimentação de crianças de 4 a 24 meses

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