Brondani, Letícia de Almeida

Cardoso, Natali S.

Crispim, Daisy

Leitão, Cristiane Bauermann

Moehlecke, Milene

Rheinheimer, Jakeline

Portuguese

Lume 5.8

36ª SEMANA CIENTÍFICA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE              138  Clin Biomed Res 2016; 36 (Supl.)     P 1953 Avaliação da expressão gênica de UCP1 em indivíduos com diferentes graus de obesidade e da sua correlação com os níveis plasmáticos de irisina Natali S. Cardoso; Jakeline Rheinheimer; Daisy Crispim; Letícia de Almeida Brondani; Cristiane Bauermann Leitão; Milene Moehlecke - HCPA  Introdução: Recentemente, a presença do tecido adiposo marrom (TAM) foi descrita em humanos adultos. Este tecido é caracterizado pela abundância de mitocôndrias e pela expressão da proteína desacopladora 1 (UCP1), a qual tem ação termogênica. O hormônio irisina atua aumentando a expressão de UCP1, que estimula a transformação de células adiposas brancas em células adiposas “beges”, as quais tem fenótipo semelhante às células do TAM. Este efeito, conhecido como “browning”, está associado a um aumento do gasto energético e parece proteger contra a obesidade (índice de massa corporal - IMC ≥30 kg/m²) associada à resistência à insulina (RI). Estudo realizado por nosso grupo mostrou uma diminuição nos níveis de irisina em indivíduos com obesidade mórbida (IMC ≥40 kg/m²), bem como uma correlação inversa de irisina com HbA1c e glicemia de jejum, sugerindo o envolvimento deste hormônio na obesidade e diabetes tipo 2. Objetivos: Avaliar a expressão gênica de UCP1 no tecido adiposo subcutâneo entre indivíduos com diferentes graus de IMC e sua correlação com os níveis plasmáticos de irisina e com variáveis metabólicas. Métodos: Estudo transversal. Foram coletadas amostras de tecido adiposo e de sangue total de 51 indivíduos. Destes, 16 foram classificados como tendo obesidade mórbida, 26 como obesidade moderada (IMC: 30,0-39,9 kg/m²) e 9 como eutróficos (IMC: 18,5-27,0). A expressão de UCP1 foi avaliada por PCR em tempo real (RT-qPCR). Os níveis plasmáticos de irisina foram medidos por ensaio imuno-enzimático (ELISA). Resultados: Dos 51 pacientes, 77,6% são mulheres, 80,6% são brancos, a média de idade foi de 46,5 ± 14,1 DP, o IMC médio foi de 37,5 ± 11,6 DP. A expressão de UCP1 não diferiu significativamente entre os grupos (p= 0,124). Na amostra total, não houve correlação entre as expressões de UCP1 e os níveis de irisina (r= 0,16, p= 0,26), nem entre UCP1 e RI (avaliada através do cálculo do HOMA-IR; r= 0,25, p= 0,12), tampouco entre UCP1 e a taxa metabólica de repouso (r= -0,14, p= 0,33). Conclusão: Apesar da irisina apresentar um provável efeito sobre a obesidade e UCP1, não verificamos na nossa amostra uma correlação entre a expressão de UCP1 e os níveis plasmáticos de irisina. Da mesma forma, a expressão de UCP1 não diferiu entre indivíduos com obesidade mórbida, moderada e eutróficos. Apoio Financeiro: FAPERGS, CAPES e HCPA. Unitermos: Obesidade; UCP1; Irisina     

Avaliação da expressão gênica de UCP1 em indivíduos com diferentes graus de obesidade e da sua correlação com os níveis plasmáticos de irisina

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