Melo, Rafaela da Silva

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Lume 5.8

Evento Salão UFRGS 2016: SIC - XXVIII SALÃO DE INICIAÇÃOCIENTÍFICA DA UFRGSAno 2016Local Campus do Vale - UFRGSTítulo “Metendo a colher”: um aplicativo educativo para discutir asviolências de GêneroAutor RAFAELA DA SILVA MELOOrientador JANE FELIPE DE SOUZA“Metendo a colher”: um aplicativo educativo para discutir as Violências de GêneroRafaela MeloPedagogia - BIC/UFRGSProfª. Drª. Jane FelipeOrientadora A presente pesquisa, que integra o projeto maior sobre “Violências de gênero, amorromântico e famílias: entre idealizações e invisibilidades, os maus tratos emocionais e amorte”, tem por objetivo apresentar um aplicativo educativo para dispositivos móveis ( tabletse smartphones) chamado “Metendo a colher”, que disponibiliza os dados sobre as violênciascontra as mulheres no Rio Grande do Sul, utilizando a base de dados da Secretaria deSegurança Pública do Estado do RS (SSP/RS), referente as denúncias registradas nasdelegacias do Estado no ano de 2014. Uma das estratégias mais importantes no combate àsviolências contra as mulheres e a todas as formas de discriminação, consiste em levantar edivulgar dados para aprofundar o debate sobre as relações desiguais de poder e assim proporformas de prevenção, em especial nos espaços educativos (LOURO, 2014; FELIPE, 2013).Na etapa da coleta de dados, encontramos o número de crimes cometidos para cada 10.000mulheres em cada município do RS, por categoria de crime registrado nas delegacias (ameaça,estupro, lesão corporal, feminicídio consumado e tentativa de feminicídio), além doranqueamento das cidades com o maior número de casos registrados. Na análise dos dadoscoletados constatou-se em 2014, uma redução no número de casos de feminicídio e estupro, eum aumento considerável no número de ameaças em comparação aos anos anteriores. Apesquisa ainda destaca que no ano de 2014, as 10 cidades gaúchas que registraram o maiornúmero de feminicídios e estupros foram: Porto Alegre, Caxias do Sul, São Leopoldo,Canoas, Novo Hamburgo, Pelotas, Alvorada, Viamão, Santa Cruz do Sul e Sapucaia do Sul. Aetapa final consistiu na construção de um aplicativo móvel, para divulgação destes dados nosespaços educativos, com intuito de promover um maior conhecimento acerca do problema econtribuir para propostas de políticas públicas mais eficientes, que melhorem a assistênciaprestada às mulheres no Estado do RS. O acesso a esses dados através do aplicativo, tem porobjetivo suscitar não só a divulgação das situações de violência contra as mulheres, masdeflagrar o debate nas escolas, em defesa dos direitos humanos fundamentais. Ressalta-setambém que uma das limitações dos dados disponibilizados pela SSP/RS é a ausência deinformações sobre idade, escolaridade, o tipo de relação entre as vítimas e os seus agressorese um maior detalhamento, por exemplo, das denúncias do tipo ameaça. A ausência de umadescrição mais detalhada a respeito dessa e de outras formas de violência, tais como os maus-tratos emocionais, os micromachismos e a violência “benévola” (GALET, FELIPE, 2015),reafirma a necessidade de identificarmos e discutirmos de forma mais profunda essas outrasformas de violência, a partir de novas pesquisas. Além desses dados, o referido aplicativo dáacesso a vários conteúdos e vídeos sobre o tema da violência contra mulheres, o que pode seconstituir como um material didático importante de consulta nas escolas e ser utilizadotambém na formação docente. Palavras-chave: Gênero. Violência. Aplicativos Móveis. Rio Grande do Sul.

“Metendo a colher”: um aplicativo educativo para discutir as violências de Gênero

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