Brenol, João Carlos Tavares

Gomes, Bruna Sessim

Hoff, Leonardo Santos

Longo, Maria Gabriela Figueiró

Monticielo, Odirlei André

Resmini, Marcus Barg

Portuguese

Lume 5.8

35ª SEMANA CIENTÍFICA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO  183 Clin Biomed Res 2015; 35 (Supl.)    P 3812 Análise de uma coorte de pacientes com nefrite lúpica acompanhados em um hospital terciário brasileiro Leonardo Santos Hoff, Marcus Barg Resmini, Bruna Sessim Gomes, Maria Gabriela Figueiró, João Carlos Tavares Brenol, Odirlei André Monticielo Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA)  INTRODUÇÃO: Nefrite lúpica é uma das mais importantes manifestações do lúpus eritematoso sistêmico, podendo progredir para insuficiência renal crônica em uma parcela significativa de pacientes. OBJETIVO: Identificar as principais características e fatores de risco para o desenvolvimento de doença renal crônica (DRC) em nossa população de pacientes portadores de nefrite lúpica (NL). MÉTODOS: Foram avaliadas retrospectivamente as características clínicas e demográficas de pacientes portadores de NL comprovada por biópsia renal no período de 2000-2014 em um hospital público terciário de Porto Alegre. Os fatores de risco para o desenvolvimento de DRC foram analisados pelos métodos de regressão univariada e multivariada de Cox. DRC foi definida como uma taxa de filtração glomerular inferior a 60 ml/min/1,73 m2 por pelo menos 3 meses. RESULTADOS: Foram analisados os dados de 86 pacientes submetidos a biópsia renal. Glomerulonefrite proliferativa focal e glomerulonefrite proliferativa difusa foram os tipos histológicos mais prevalentes (29,1% cada uma), seguido pela glomerulonefrite proliferativa mesangial (19,8%). Hipertensão arterial, dislipidemia e obesidade estavam presentes em 70,9%, 29,1% e 23,3% dos pacientes, respectivamente. Azotemia no momento do diagnóstico (HR 1,03; IC 95% 1,01-1,05; p=0,003), resistência à terapêutica de indução (HR 4,41; IC 95% 1,19 - 10,05; p<0,001), presença de anticorpos antifosfolipídeos (HR 5,93; IC 95% 1,6 - 21,9; p=0,008) e psicose (HR 12,9; IC 95% 2,5 - 65,9; p = 0,002) foram fatores de risco para a progressão para doença renal crônica em nossa população. CONCLUSÃO: Azotemia, falha ao tratamento de indução, presença de anticorpos antifosfolipídeos e manifestação neuropsiquiátrica foram preditores de evolução para DRC nos nossos pacientes. Estudos adicionais prospectivos são necessários para melhor caracterizar a evolução clínica da nefrite lúpica em nosso meio.  Palavras-chaves: Nefrite lúpica; Doença renal crônica; biópsia renal. Projeto 100127     

Análise de uma coorte de pacientes com nefrite lúpica acompanhados em um hospital terciário brasileiro

https://lume.ufrgs.br/bitstream/10183/140873/1/000985389.pdf

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