Kolodny, Rossana Saute

Portuguese

Lume 5.8

Evento Salão UFRGS 2015: SIC - XXVII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFRGSAno 2015Local Porto Alegre - RSTítulo Produtividade da marcação de gênero em nomes no português do sul do BrasilAutor ROSSANA SAUTE KOLODNYOrientador LUIZ CARLOS DA SILVA SCHWINDTProdutividade da marcação de gênero em nomes no português do sul do Brasil Autor: Rossana Saute Kolodny; Orientador: Prof. Dr. Luiz Carlos Schwindt – Universidade Federal do Rio Grande do Sul Vinculado ao projeto  A interação morfologia-fonologia em português brasileiro e a arquitetura da gramática, este trabalho tem como objetivo descrever a flexão de gênero em uso no sul do Brasil, particularmente nas três capitais que integram o banco de dados Variação Linguística na Região Sul do Brasil (VARSUL), a saber, Porto Alegre, Florianópolis e Curitiba. A amostra constitui-se de vinte e quatro entrevistas, oito de cada cidade, estratificadas de acordo com a organização do corpus do Projeto VARSUL: sexo (homens/mulheres); idade (mais de 50 anos/ menos de 50 anos); escolaridade (primário completo/secundário completo). Partimos da hipótese mais geral de que a forma (mais) marcada de gênero em português é a feminina, substanciada pela vogal -a (cf. Câmara Jr., 1970; Schwindt, 2011; Schwindt e Wetzels, 2015, entre outros), e de que, por se tratar de sistema flexional (portanto, de inventário fechado e de caráter categórico), fatores extralinguísticos não devem ter expressão importante sobre o emprego do gênero na língua. Tomando como variável dependente o emprego do feminino (marcado ou não) versus o emprego do masculino, analisamos, entre outras, as seguintes variáveis independentes linguísticas: correspondência com sexo, tipologia de gênero, segmento terminal, tonicidade, animacidade, concretude e estrutura morfológica precedente. As variáveis sociais analisadas foram sexo, localização geográfica, idade e escolaridade. Os dados foram analisados quantitativamente,  utilizando-se o programa GOLDVARB X (Tagliamonte, Sankoff e Smith, 2005). Por não se tratar de fenômeno variável, valemo-nos, nesta etapa do estudo, tão somente das porcentagens fornecidas pelo programa estatístico, sem considerar probabilidades. Como resultados preliminares, de dezoito entrevistas até aqui estudadas, pudemos constatar que há certo equilíbrio entre o uso de feminino e masculino em substantivos não-sexuados, enquanto a minoria dos sexuados é feminina. Além disso, observou-se certo equilíbrio entre a aplicação de feminino e masculino no uso de substantivos uniformes, mas o uso do feminino em substantivos biformes e comuns-de-dois é expressivamente mais baixo que o emprego do masculino. Quanto ao segmento terminal, a grande maioria dos substantivos terminados em -a e em -e é feminina, enquanto a grande maioria dos substantivos terminados em -o é masculina. Em relação à animacidade e à concretude, os dados apontaram para equilíbrio entre o emprego de feminino e de masculino. Não se constatou paridade no emprego de feminino e de masculino, contudo, em substantivos não derivados (que correspondem à grande maioria dos dados). Entre os derivados, particularmente, observou-se predominância de marca de feminino sobre a marca de masculino. Quanto às variáveis sociais, não se observou, até aqui, qualquer motivação sobre o emprego do gênero na amostra estudada.    

Produtividade da marcação de gênero em nomes no português do sul do Brasil

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