Magno, Bruno

Portuguese

Lume 5.8

Evento Salão UFRGS 2015: SIC - XXVII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFRGSAno 2015Local Porto Alegre - RSTítulo 2ª Guerra Sino-Japonesa e o Modo Asiático de Fazer a GuerraAutor BRUNO MAGNOOrientador JOSE MIGUEL QUEDI MARTINS2ª Guerra Sino-Japonesa e o Modo Asiático de Fazer a Guerra Bruno Magno  Orientador: José Miguel Quedi Martins Instituição: UFRGS  A hipótese central da pesquisa é a de que durante a 2ª Guerra Sino-Japonesa (2ª GSJ), surgiu um legado de experiência comum à China e ao Japão no que tange à Estratégia, Operações e Doutrina (EOD) e que, eventualmente, pode indicar elementos aos países semiperiféricos (apenas parcialmente industrializados) sobre como conduzir operações militares. No caso, caracterizada pela ênfase na engenharia de combate, na manobra e no uso de forças irregulares como formas de criar um impasse que beneficia o defensor — mesmo sem uma definição clara da conflagração (e.g. aniquilar o atacante). A abordagem proposta envolve uma operacionalização do “Modo Americano de Fazer a Guerra” ou “Novo Modo Americano de Fazer a Guerra”, ambos de Max Boot (BOOT, 2003, p. 29–44). O autor trata do efeito das capacidades produtivas e da transição tecnológica sobre o perfil operacional da Força. Em suma, no que tange à esfera operacional, a 2ª GSJ serve para demonstrar que o bastião chinês — sua chave de país — não é a Manchúria ou o superpovoado leste, mas sim o centro do país. O leste pode ser a chave da economia e do PIB; a Manchúria, a chave para a hegemonia no leste asiático; mas a chave da China é seu centro e, em seu âmago, está a Montanha, base da chamada “Muralha Subterrânea” núcleo da chamada 3ª Linha de Defesa. É justamente a experiência operacional da Guerra Sino-Japonesa que lança uma grande sombra de dúvida sobre a AirSea Battle, novo conceito operacional estadunidense para travar a guerra em profundidade. Conforme a pesquisa verificou, a utilização da engenharia, baseada principalmente em túneis, durante a 2ª GSJ será um dos elementos distintivos do modo asiático de fazer a guerra. A China iria, após a guerra, aprimorar a utilização dos túneis, tornando a base para a sua defesa no caso de uma conflagração nuclear. Além disso, a disposição desta infraestrutura, a chamada 3ª linha de defesa, coincide com o território onde o Guomindang deteve o avanço japonês durante a guerra. Ainda hoje os túneis consistem na base da defesa da China, a chamada “Muralha Subterrânea”. Assim, faz-se necessária uma investigação mais aprofundada da influência da 2ª GSJ na constituição da 3ª Linha de Defesa e na EOD chinesa hodierna. Afinal, eventualmente não foram nem o Líbano em 1982, ou o Golfo em 1991, que motivaram os chineses a fazer frente a batalha em profundidade . Pode ter sido sua própria experiência na guerra da Ásia. 

2ª Guerra Sino-Japonesa e o Modo Asiático de Fazer a Guerra

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