Bottega, Gustavo Borchardt

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Lume 5.8

Evento Salão UFRGS 2015: SIC - XXVII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFRGSAno 2015Local Porto Alegre - RSTítulo Análise de fatores epidemiológicos, tratamento e manifestações extraintestinais de pacientes com Retocolite Ulcerativa que acompanham no Hospital de Clinicas de Porto AlegreAutor GUSTAVO BORCHARDT BOTTEGAOrientador CARLOS FERNANDO DE MAGALHAES FRANCISCONIAnálise de fatores epidemiológicos, tratamento e manifestações extraintestinais de pacientes com Retocolite Ulcerativa que acompanham no Hospital de Clinicas de Porto Alegre Autor: Gustavo Borchardt Bottega Orientador: Carlos Fernando de Magalhães Francesconi Instituição de origem: Universidade Federal do Rio Grande do Sul  Introdução: A Retocolite Ulcerativa (RCU) faz parte do espectro das chamadas Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs), cujo diagnóstico envolve características clínicas, endoscópicas e histológicas. A literatura indica predominar em homens e caucasianos e cita o tabagismo como fator protetor. A predisposição genética está presente em 10-25% dos pacientes. O tratamento envolve reduzir a inflamação, induzir e manter remissão clínica, com destaque para a Mesalazina e Sulfassalazina. O uso de imunossupressores para o tratamento é limitado pela toxicidade. Manifestações extraintestinais (MEI) são frequentes, em geral acompanhando o curso da doença, exceto pela Espondilite Anquilosante e Colangite Esclerosante, muito citadas na literatura.  Objetivos: analisar fatores epidemiológicos, tratamento e manifestações extraintestinais dos pacientes com RCU em acompanhamento no ambulatório de DIIs no Hospital de Clínicas de Porto Alegre  Métodos: Análise de dados obtidos em coorte de pacientes com RCU que acompanham ambulatório de DIIs do Hospital de Clínicas de Porto Alegre através da análise de prontuários.  Resultados: A coorte possui 178 pacientes, dos quais 100 mulheres e 78 homens. A etnia predominante foi a caucasiana (90%). A extensão da doença ao diagnóstico apresenta distribuição equivalente, em três categorias: doença restrita ao reto, colite esquerda e pancolite. O tabagismo ativo esta presente em 44% dos pacientes. Apenas 11% apresentam histórico familiar. Em relação ao tratamento, 60% da coorte já utilizou Mesalazina e apenas 15% suspendeu o uso. Além disso, 35% já utilizou Mesalazina tópica, tendo 15% de taxa de suspensão. A Sulfassalazina foi utilizada por 58%, porém mais de 40% suspenderam seu uso. A Azatioprina foi a droga imunossupressora mais utilizada, em 37% da coorte, cuja principal indicação foi a corticodependência, em 82% dos casos. A Ciclosporina teve seu uso limitado a 8%, se atendo a quadros mais severos, como o Megacólon Tóxico em 57% dos casos. Em ambas os efeitos adversos estiveram presentes em 25% dos pacientes. As MEI ocorreram em 40% da coorte. As principais foram a redução da densidade óssea (osteopenia e osteoporose) e artropatias. A Espondilite Anquilosante atingiu 3% dos pacientes, enquanto a Colangite esclerosante 8% do total. O uso de corticosteroides e sua dependência foi associado com o maior risco da ocorrência de MEI.  Conclusão: a nossa coorte apresentou dados semelhantes a literatura, com exceção do gênero, onde tivemos predominou o sexo feminino. A Mesalazina demonstrou ser a droga mais utilizada, devido ao baixo perfil de de relação custo/eficiência com poucos efeitos adversos. O uso de imunossupressores se deteve à corticodependência ou complicações severas. As MEI foram frequentes, de acordo com a literatura, embora a prevalência de Espondilite Anquilosante tenha ficado abaixo do esperado. Encontramos uma associação entre uso de corticosteroides e ocorrência de MEI, embora não possamos afirmar a razão dessa associação. Questiona-se se o aparecimento de MEI serve como fator preditor para necessidade do uso de corticosteroides ao longo da doença. 

Análise de fatores epidemiológicos, tratamento e manifestações extraintestinais de pacientes com Retocolite Ulcerativa que acompanham no Hospital de Clinicas de Porto Alegre

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