Reis, Tatiane Madeira

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Lume 5.8

Evento Salão UFRGS 2015: SIC - XXVII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFRGSAno 2015Local Porto Alegre - RSTítulo Projeto Relação Mãe-Bebê: comportamento, cognição, biologia e desenvolvimentoAutor TATIANE MADEIRA REISOrientador PATRICIA PELUFO SILVEIRAUniversidade Federal do Rio Grande do Sul Titulo: Projeto Relação Mãe-Bebê: comportamento, cognição, biologia e desenvolvimento Oriendadora: Patricia Pelufo Silveira Autor: Tatiane Madeira Reis  Introdução: A sensibilidade materna influência o desenvolvimento fisiológico, neurobiológico e emocional do bebê. Nos primeiros meses após o parto a comunicação do bebê é não verbal, a mãe necessita perceber sinais de seu filho para atender às suas necessidades. Desta forma, a atenção materna é um componente importante na interação mãe-bebê. Aspectos que podem impactar a atenção materna são de interesse. Estudos utilizando roedores evidenciam que mães apresentam diferenças no comportamento maternal para machos e fêmeas já nos primeiros dias de vida. Mães humanas também comportam-se de forma distinta com filhos do sexo feminino e masculino. Objetivo: Avaliar o impacto do sexo do bebê no processamento atencional automático para faces de adultos e bebês expressando diferentes emoções em puérperas um mês após o parto. Métodos: Puérperas entre 25 e 40 dias após o parto, provenientes do Grupo Hospitalar Conceição (GHC) e da Unidade Básica de Saúde Santa Cecília (UBS Santa Cecília), receberam a visita em sua casa da equipe de pesquisa. Neste encontro as mães responderam à Structured Clinical Interview for DSM IV (SCID), à escala de Hamilton para ansiedade (HAM-A) e à Edinburgh Postnatal Depression Scale (EPDS). E realizaram uma tarefa atencional do tipo go/no-go com faces de bebês e adultos expressando diferentes emoções como estimulo. A tarefa apresenta 6 blocos, sendo cada um com 30 imagens. Cada bloco apresenta um tipo de estímulo: bebê feliz, expressando sofrimento e neutro; adulto expressando medo, neutro e feliz. O tempo de reação das mães na tarefa atencional foi registrado através do programa E-prime. As médias dos tempos de reação para cada estimulo foi utilizado para o cálculo de viés atencional para rostos de bebê em relação ao de adultos e para faces de bebês expressando sofrimento em comparação com expressando outros sentimentos. A tarefa atencional utilizada foi desenvolvida pelo Laboratório de Psicologia Experimental, Neurociência e Comportamento (LPNeC/UFRGS). Também foram coletadas amostras biológicas de saliva do bebê, sangue, saliva e leite materno. Resultados: O estudo está em andamento. O tamanho amostral calculado para um poder de 95% é de 100 mães. Até o momento 19 mães participaram do estudo. Destas 19 mães, 10 são mães de meninas. As mães de meninos e meninas não apresentam diferença de nível socioeconômico, idade, escolaridade, paridade, sintomas depressivos e ansiosos. Mães de meninas apresentaram maior tempo de reação para faces de bebês do que de adultos, sugerindo maior dificuldade de desengajar sua atenção de faces de bebê do que de adultos. O viés para faces de bebês em mães de meninas foi de 17,2221 milissegundos (ms), enquanto o de mãe de meninos foi de -30,5282 ms. Foi realizado um teste t que demonstrou diferença significativa com p 0,019.  Também há diferença no processamento das emoções infantis conforme o sexo do filho. O viés atencional das mães de menino para sofrimento infantil é de 0,42 ms, enquanto o da mães de meninas foi negativo -118,3406 ms e com um p 0,003. Ou seja, mães de meninas apresentam maior tempo de reação para expressão de felicidade e neutralidade do que para de sofrimento do que mães de meninos. 

Projeto Relação Mãe-Bebê: comportamento, cognição, biologia e desenvolvimento

https://lume.ufrgs.br/bitstream/10183/137041/1/Resumo_42230.pdf

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