Lima, Bárbara Indaiara Ortiz de

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Lume 5.8

Evento Salão UFRGS 2015: SIC - XXVII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFRGSAno 2015Local Porto Alegre - RSTítulo ÁCIDO QUINOLÍNICO CAUSA REORGANIZAÇÃO DO CITOESQUELETO DE ASTRÓCITOS E NEURÔNIOS EM CULTURA: PAPEL DA MICROGLIA E PROTEÇÃO PELO ÁCIDO QUINURÊNICO.Autor BÁRBARA INDAIARA ORTIZ DE LIMAOrientador REGINA PESSOA PUREURUNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SULINSTITUTO DE CIÊNCIAS BÁSICAS DE SAÚDEDEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICAÁCIDO QUINOLÍNICO CAUSA REORGANIZAÇÃO DO CITOESQUELETO DE ASTRÓCITOS ENEURÔNIOS EM CULTURA: PAPEL DA MICROGLIA E PROTEÇÃO PELO ÁCIDOQUINURÊNICO. A rota das quinureninas é a maior via de metabolização do triptofano e produz diversosintermediários neuroativos, sendo que a desregulação desta rota está associada com muitascondições neurodegenerativas. Dentre os metabólitos produzidos pela via, o ácido quinolínico(QUIN)  e  o  ácido  quinurênico  (KYNA)  têm  sido  o  maior  foco  de  atenção  por  suaspropriedades neuroativas. O QUIN é um agonista de receptores N-metil-D-aspartato (NMDA)que  está  envolvido  em  diversas  doenças  neurodegenerativas,  em  especial  a  doença  deHuntington (DH). O aumento de suas concentrações pode gerar excitotoxicidade, aumento deespécies reativas de oxigênio, neuroinflamação e peroxidação lipídica. O KYNA, por sua vez,exerce  efeitos  neuroprotetores  por  ser  um  antagonista  NMDA  e  de  outros  receptoresglutamatérgicos  ionotrópicos.  O  citoesqueleto  é  responsável  pela  integridade  celular,alterações  morfológicas  e  transdução  de  sinais  moleculares,  sendo  que  as  proteínas  docitoesqueleto têm um papel chave na interação entre astrócitos e neurônios, contribuindo paraas funções sinápticas e o metabolismo neuronal. Na neuroinflamação, as células microgliaisse  tornam  ativas  e  mudam  rapidamente  a  sua  morfologia.  Além  disso,  sabe-se  que  umimportante componente da resposta microglial á injúria é a ativação da rota das quinureninas.Portanto,  o  objetivo  do  estudo  é  investigar  os  efeitos  do  QUIN  sobre  a  morfologia  deastrócitos,  neurônios  e  microglia  estriatais  em  cultura  primária,  bem  como  o  efeitoneuroprotetor  do  KYNA  e  da  interação  astrócito/neurônio/microglia  sobre  estas  ações.Culturas  isoladas  de  neurônios  e  astrócitos,  bem como  co-cultura  e  cultura  mista  foramincubados com QUIN (10-100 µM) e/ou KYNA (25-100 µM). Após 24 horas,  as célulasforam fixadas e a análise morfológica foi feita usando a técnica de imunocitofluorescênciautilizando anticorpos contra proteínas do citoesqueleto neuronal e astrocitário, bem como omarcador microglial IBA-1. As células marcadas foram capturadas por um sistema acoplado aum microscópio de fluorescência e as imagens foram analisadas usando o software ImageJ.Os resultados  mostraram que a morfologia de astrócitos  e  neurônios  foram drasticamentealterados pelo tratamento com QUIN. Também se verificou que  astrócitos e neurônios co-cultivados protegeram-se mutuamente contra os danos causados pelo QUIN. No entanto, napresença da microglia não foi observada a proteção dos efeitos causados pelo QUIN. Alémdisso, os resultados mostraram que o KYNA foi capaz de reverter os efeitos causados peloQUIN sobre a morfologia celular tanto nas culturas isoladas quanto na cultura mista. Nossosresultados  mostraram  que  o  rompimento  do  citoesqueleto  é  uma  das  mais  importantesconsequências da toxicidade do QUIN em neurônios e astrócitos estriatais em cultura e que ainteração astrócito-neurônio são importantes na neuroproteção. Além disso, mostramos que amicroglia tem um papel crucial nos efeitos desencadeados pelo QUIN, sendo que o KYNA foicapaz  de  proteger  as  culturas  celulares  dos  efeitos  desencadeados  pelo  metabólito.  Osresultados  mostrados  neste  trabalho  podem  ser  uma  importante  contribuição  para  acompreensão da neurotoxicidade do QUIN nas doenças neurodegenerativas.Aluno: Bárbara LimaProfessor Orientador: Regina Pessoa Pureur

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