Fin, Vinícius

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Lume 5.8

Evento Salão UFRGS 2015: SIC - XXVII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFRGSAno 2015Local Porto Alegre - RSTítulo O ESPORTE EM SILÊNCIO: MEMÓRIAS DE ATLETAS SURDOS NOS JOGOS SURDOLIMPÍCOSAutor VINICIUS FINOrientador JANICE ZARPELLON MAZOO ESPORTE EM SILÊNCIO: MEMÓRIAS DE ATLETAS SURDOS NOS JOGOS SURDOLIMPÍCOS  Vinícius Fin Profª Dra. Janice Zarpellon Mazo Universidade Federal do Rio Grande do Sul   O esporte para surdos no mundo é organizado e regido pelo Comitê Internacional de Desportos de Surdos (ICSD), enquanto no Brasil pela Confederação Brasileira de Desportos para Surdos (CBDS). Salienta-se que a CBDS não possui ligações com o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e nem mesmo com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Os atletas surdos alegam poder participar de competições convencionais com pequenas adaptações. Nas competições gerenciadas pelo CPB, os atletas possuam deficiências de natureza físico-motora, intelectual ou visual. A independência entre as entidades foi aceita pelo Comitê Olímpico Internacional e pelo Comitê Paralímpico Internacional e pela ICSD, no início de 1996, devido à natureza específica dessa deficiência. Portanto, os surdos não participam de competições paralímpicas, mas possuem uma competição internacional própria, os Jogos Surdolímpicos. Tal evento vem sendo disputado desde 1924, quando ocorreu pela primeira vez em Paris, na França, com a denominação de Deaflympics ou Jogos do Silêncio. A primeira vez que o Brasil, através da CBDS, enviou representantes para a Surdolimpíada, foi no ano de 1993, em evento realizado na Bulgária. Naquela edição, dois nadadores brasileiros competiram em 11 provas, conquistando o quarto lugar em três provas. Desde então, a natação brasileira é a modalidade que possui mais atletas representantes nas Surdolimpíadas, ausentando-se apenas das Surdolimpíadas de 2005, na Austrália. A única medalha conquistada pelo Brasil nos Jogos Surdolimpícos foi a de bronze, no ano de 2009, em Taiwan, pelo atleta de judô Alexandre Soares Fernandes. Nesta edição havia 13 surdos-atletas brasileiros, além de seis dirigentes, sendo a maior delegação brasileira em Surdolimpíadas. Já em âmbito nacional, um marco foi a realização da I Olimpíada de Surdos do Brasil, em maio de 2002, na cidade de Passo Fundo/RS. A competição contou com a participação de 29 delegações, oriundos de nove estados brasileiros, totalizando cerca de 1.500 atletas, disputando modalidades individuais e coletivas. Na cerimônia de abertura dos jogos houve a execução do Hino Nacional em LIBRAS, emocionando a plateia e os atletas presentes. Diante deste cenário, o objetivo deste estudo foi reconstruir as memórias dos atletas brasileiros que participaram dos Jogos Surdolimpícos, além de identificar como está ocorrendo o desenvolvimento do esporte para surdos. Foi utilizada uma entrevista online para que os atletas pudessem relatar suas memórias, já que seria necessário um intérprete em um diálogo presencial ou via internet. Por outro lado, a não utilização da linguagem de sinais, talvez faça com que os atletas transmitam suas experiências de um modo menos emotivo, visto que as expressões faciais são uma importante ferramenta de comunicação das pessoas surdas. A entrevista aplicada procurou identificar questões relevantes da história de vida desses profissionais. Percebeu-se, por meio dos relatos, que os atletas surdos possuem na comunicação uma característica diferenciada, em esportes coletivos. Houve relatos de atletas que enfrentaram muitas dificuldades até chegar a ter condições de participar das Surdolimpíadas. Neste caminho, consideram fundamental o apoio por parte de familiares e amigos, constituindo forte correlação com o sucesso profissional no esporte.  

O ESPORTE EM SILÊNCIO: MEMÓRIAS DE ATLETAS SURDOS NOS JOGOS SURDOLIMPÍCOS

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