Branco, Mariane Araujo

Lume 5.8

Evento Salão UFRGS 2014: FEIRA DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA DA UFRGS – FINOVAAno 2014Local Porto AlegreTítulo Validação do uso da proteína cofilina como biomarcador prognóstico de carcinoma de pulmão de não- pequenas célulasAutor MARIANE ARAUJO BRANCOOrientador FABIO KLAMTO câncer de pulmão é a neoplasia de maior mortalidade e o segundo diagnóstico mais frequente entre homens e mulheres. No Brasil, segundo estimativas do INCA, são esperados mais 27.000 novos casos só para este ano. Apesar de todos os avanços na terapia, o diagnóstico ainda é tardio e o prognóstico segue reservado.  Assim, biomarcadores podem  agregar informações  importantes  ao  sistema  TNM,  adequando-se  melhor  à heterogeneidade do câncer e podendo resultar em tratamentos mais eficientes, individualizados e,  consequentemente, em  menores  taxas  de  mortalidade. O estabelecimento desses marcadores na rotina clínica requer um método preciso e específico de detecção e quantificação, sendo necessária a translação  de  informações provenientes  da pesquisa  básica,  gerando  um  biomarcador validado com possibilidades de aplicação clínica. Assim, o desenvolvimento de tecnologias nacionais que permitam a modernização do setor, conferindo mais precisão às análises, em associação à inserção de novos marcadores prognóstico e de predição terapêutica representam um importante avanço a ser incorporado à saúde pública. Segundo o Colégio Americano de Patologistas, a patologia digital é a última grande área do diagnóstico em ciências médicas a utilizar automação, e a questão não é se ela será adotada, mas como e quando ela será adotada.  Nosso grupo está voltado para esse mercado, desenvolvendo soluções de automação do  diagnóstico em patologia, tornando mais precisa a quantificação de biomarcadores tumorais, gerando ganhos de escala e produtividade. Nosso primeiro case, que está em fase de protótipo e foi desenvolvido como estudo de caso, é um kit para a detecção e quantificação da cofilina-1, uma proteína cuja superexpressão está associada a menor sobrevida do paciente e à resistência aos tratamentos de primeira linha em câncer de pulmão de não-pequenas células (CPNPC). Por isso, estamos montando uma coorte em parceria com o serviço de oncologia e de cirurgia torácica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre reunindo informações de pacientes que receberam tratamento de 2006 a 2013. A partir dessas informações, será possível acessar os blocos de parafina com as amostras tumorais e realizar imuno-histoquímica para quantificar os níveis de cofilina-1. Esse produto é composto por um kit para detecção do marcador nas amostras, um escâner para digitalização das lâminas com a imunorreação para cofilina-1 e o desenvolvimento de um software que discrimina células saudáveis de células tumorais e ainda quantifica os níveis do biomarcador cofilina-1, o que facilitará a interpretação dos dados gerados a partir desse método. Recebi treinamento durante quatro meses, período em que aprendi a realizar o processamento do material histológico, padronização do protocolo de imunohistoquímica e os fundamentos da detecção e quantificação da reação por análise densitométrica. Esse método baseia-se em atribuir valores de densidade óptica (DO) às diferentes intensidades da imunorreação, e assim, transforma uma variável categórica qualitativa de quantificação em uma variável contínua, reduzindo os vieses que o atual sistema de escore utilizado apresenta, como diferenças de acuidade visual e de interpretação, aumentando a especificidade e precisão da aferição com ótima reprodutibilidade. O produto engloba o know-how associado a uma nova plataforma diagnóstica que pode ser usada em outros biomarcadores, ampliando suas possibilidades de aplicação e competindo favoravelmente com o mercado internacional no estado da arte da patologia digital. E assim, cresce a expectativa para a inserção de uma forma de avaliação mais eficiente, que possibilitará uma diferente conduta médica nas rotinas dos atendimentos dos pacientes oncológicos. 

Validação do uso da proteína cofilina como biomarcador prognóstico de carcinoma de pulmão de não- pequenas células

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