Vieira, Fabiane Jamono

Lume 5.8

Evento Salão UFRGS 2014: SIC - XXVI SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFRGSAno 2014Local Porto AlegreTítulo Avaliação da resistência á polimixina B em Bacilos Gram Negativos em dois hospitais de Porto AlegreAutor FABIANE JAMONO VIEIRAOrientador ALEXANDRE PREHN ZAVASCKI Introdução:  As polimixinas são antibióticos antigos que retornaram à prática clínica como única opção terapêutica para infecções por Bacilos Gram Negativos (BGNs) resistentes aos carbapenêmicos. Apesar de extenso uso na última década, a ausência de testes padronizados para a avaliação de sensibilidade dessas drogas determina que pouco se saiba sobre a evolução da resistência nestes microorganismos. O objetivo deste trabalho foi determinar o perfil de susceptibilidade in vitro de BGNs frente à polimixina B pelo método padrão-ouro. Métodos: Foram avaliados BGNs isolados de pacientes incluídos em estudo clínico realizado no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e no Hospital São Lucas da PUC (HSL), de março de 2013 a janeiro de 2014, para a avaliação da nefrotoxicidade da polimixina B. Estes isolados apresentam sensibilidade reduzida a pelo menos um dos carbapenêmicos. A determinação da concentração inibitória mínima (CIM) foi realizada pela técnica de microdiluição em caldo. As amostras com CIM ≤2µg/mL foram consideradas sensíveis e com CIM ≥4µg/mL resistentes. Resultados: De 223 BGNs isolados neste estudo, as CIMs foram determinadas em 129 até o momento, sendo que 114 foram do HSL e 19 do HCPA. Os isolados analisados foram principalmente de hemocultura (n=59; 45%) e aspirado traqueal (n=22; 17%), contendo também isolados de escarro (n=9; 7%), secreção abdominal (n=5; 3,8%) e urocultura (n=5; 3,8%). Isolados de outros materiais (n=14; 10,8%) e sem identificação do sitio de infecção (n=15; 11,6%) também foram utilizados no estudo. Os BGNs mais frequêntes foram Acinetobacter baumannii (n=71; 55%), Pseudomonas aeruginosa (n=35; 27%) e Klebsiella pneumoniae (n= 17; 13%). Nove (7.0%) apresentaram CIM ≥4µg/mL para polimixina B: 1 A. baumannii apresentando CIM= 8 µg/mL (sem identificação do sítio de infecção) e 8 isolados apresentando CIM ≥ 16 µg/mL, sendo 4 A. baumannii (2 isolados de aspirado traqueal, 1 de hemocultura e 1 sem identificação do sitio de infecção); 2 K. pneumoniae (1 de urocultura e 1 sem identificação do sitio de inf cção) e 2 P. aeruginosa (1 de aspirado traqueal e 1 de aspirado orofaríngeo). A prevalência de resistência por espécie foi: K. pneumoniae=  11,7%, A. baumannii= 7% e P. aeruginosa= 5,7%. Entre os isolados de aspirado traqueal e hemocultura a prevalênci  de resistência foi de 13,6 % e de 1,7 %, respectivamente. Dos isolados sensíveis (n= 120), a maioria (n= 97) apresentou CIM  ≤0,125µg/mL, 11 isolados apresentaram CIM= 0,250 µg/mL, 7 CIM= 0,5 µg/mL, 3 CIM= 1 µg/mL e 2 CIM= 2 µg/mL Conclusões: A resistência à polimixina B ainda pode ser considerada baixa apesar do amplo uso desse antibiótico. Entretanto, a resistência em K. pneumoniae parece ser mais elevada. A resistência às polimixinas precisa ser avaliada continuamente, pois constituem as únicas opções terapêuticas para muitos BGNs.     

Avaliação da resistência á polimixina B em Bacilos Gram Negativos em dois hospitais de Porto Alegre

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