Cunha, Gabrielle Bocchese da

Kelbert, Sílvia

Moser, Carolina Meira

Rotta, Newra Tellechea

Silva, Alexandre Rodrigues da

Silva, Flora Luciana F. da

Silva, Patrícia F. da

Socal, Mariana Peixoto

Portuguese

Silva, Patrícia Figueira da

Lume 5.8

 Ciências da Saúde  393 118 EPIDEMIOLOGIA DA EXPOSIÇÃO PRÉ-NATAL À COCAÍNA E SUAS REPERCUSSÕES NO RECÉM-NASCIDO. Flora Luciana F. da Silva, Gabrielle B. da Cunha, Alexandre R. da Silva, Carolina M. Moser, Mariana P. Socal, Patrícia F. da Silva, Sílvia Kelbert, Newra T. Rotta (Departamento de Pediatria - Faculdade de Medicina - UFRGS). Estudos recentes demonstram que o uso de cocaína na gestação varia de 0,6-18%. As conseqüências são patologias obstétricas e neonatais, muitas vezes não detectáveis clinicamente. O diagnóstico precoce, contudo, possibilita sua reversão. Vários métodos de detecção de metabólitos da cocaína têm sido testados em diferentes fluidos corporais. Vários estudos têm mostrado que a dosagem no mecônio é mais sensível e mais específica que na urina. O objetivo deste trabalho é verificar a prevalência da exposição pré-natal à cocaína em uma amostra de recém-nascidos (RNs) utilizando dois métodos: a fluorescência polarizada por imunoensaio (FPIA) no mecônio e a entrevista materna. Este estudo transversal foi realizado num hospital geral universitário, abrangendo todos os RNs nascidos vivos no hospital durante um período de 2 meses em 1999 (847 RNs). A exposição pré-natal à cocaína foi definida por um teste FPIA positivo para benzoilecgonina (BE) no mecônio do RN e/ou por uma entrevista materna positiva. A taxa da exposição à cocaína foi 2,4%, através da entrevista, e 3,4% através da FPIA no mecônio. A prevalência foi de 4,6% quando os 2 métodos foram considerados de forma complementar. Através deste estudo foi observado que a testagem meconial é mais eficaz que a entrevista materna no diagnóstico da exposição pré-natal à cocaína. A entrevista aumentou, em relação à testagem do mecônio, em 26% a possibilidade do diagnóstico da exposição; e a testagem do mecônio, em relação à entrevista, aumentou em 53,4% o diagnóstico da exposição. E, devido à alta prevalência encontrada, pode-se dizer que a exposição pré-natal à cocaína é um diagnóstico subestimado. (CNPqPIBIC/UFRGS). 

Epidemiologia da exposição pré-natal à cocaína e suas repercussões no recém-nascido

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