Bandeira, Larisa da Veiga Vieira

Lume 5.8

003  LÍNGUA DE SINAIS E EDUCAÇÃO DE SURDOS: POLÍTICAS DE INCLUSÃO E A DIFERENÇA SURDA NA ESCOLA. LARISA DA VEIGA VIEIRA BANDEIRA, ADRIANA DA SILVA THOMA (orient.)(UFRGS).  SINOPSE: Esse vídeo-documentário apresenta alguns resultados da pesquisa intitulada “LÍNGUA DE SINAIS E EDUCAÇÃO DE SURDOS: políticas de inclusão e a diferença surda na escola”, realizada sob a coordenação da Professora Adriana da Silva  Thoma, da Faculdade de Educação da UFRGS. Para a produção de dados da pesquisa, foi realizado um curso de extensão para professores que atuam na Educação de Surdos, durante o segundo semestre de 2008, na Faculdade de Educação, com o objetivo de promover a troca de experiências entre o grupo através do registro de suas memórias docentes. Também foi feito um levantamento de dados de matrículas de alunos surdos em escolas de surdos, escolas com classes especiais e escolas regulares. A opção por apresentar os resultados parciais da pesquisa em um vídeo justifica-se por ser esse um material visual que pode ser socializado através da publicação no site da Feira, dando mais visibilidade à pesquisa, além de ser um material visual com acessibilidade á comunicação para os surdos, pois terá tradução do seu conteúdo em Língua de Sinais. A tradução das falas para língua de sinais será realizada por Intérpretes de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) que atuam na universidade através do Programa INCLUIR da UFRGS. Essa tradução tornará o material acessível não apenas para os surdos que estudam e trabalham na universidade, mas também para a comunidade surda externa. Roteiro do vídeo. Imagem 1 – um (a) intérprete sinaliza e uma voz narra o texto abaixo: a pesquisa “Língua de Sinais e Educação de Surdos: políticas de inclusão e a diferença surda na escola” realizada sob a coordenação da Professora Adriana da Silva Thoma, da Faculdade de Educação da UFRGS, foi realizada em três fases: A primeira, de cunho quantitativo, foi desenvolvida durante o ano de 2008, através do levantamento do número de matrículas de alunos surdos em diferentes modalidades de ensino (escolas de surdos, classes especiais e turmas de inclusão) na Educação Básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos). Também foi feito um levantamento do número de intérpretes e de professores surdos e ouvintes que atuam na área. Na segunda, foram realizadas visitas às escolas específicas para surdos, localizadas em Porto Alegre e região metropolitana, para a aplicação de questionários com questões que versam sobre: (a) concepção de surdez, (b) processos de escolarização, (c) condições/arquitetura das escolas para o processo de ensino-aprendizagem, (d) concepção de Língua de Sinais e (e) possibilidades/espaços de aquisição e desenvolvimento lingüístico. E, na terceira, foi realizado um curso de extensão denominado Memórias, Narrativas e Experiências Docentes na Educação de Surdos, com duração de 20h, do qual participaram professores que atuam na Educação de Surdos. Esse curso aconteceu durante o segundo semestre de 2008, na Faculdade de Educação e teve como objetivo promover a troca de experiências entre o grupo através do registro de suas memórias e experiências docentes na área da Educação de Surdos. Imagem 2 – Fotos do curso Memórias, Narrativas e Experiências Docentes na Educação de Surdos com voz do narrador e legenda. No Curso Memórias, Narrativas e Experiências Docentes na Educação de Surdos, professores surdos e ouvintes participaram de palestras (encontros presenciais – 10 h/a) e produziram escritas sobre suas experiências na área (atividade não-presencial – 10 h/a), através de cartas, diários individuais e de um diário coletivo virtual (Blog).Em www.memoriasnaeducacaodesurdos.blogspot.com foram postadas as produções escritas e fotografias dos participantes. No compartilhar das escritas produzidas pelos professores, encontramos modos de ser e de fazer a educação de surdos e os processos de constituição das identidades docentes, bem como das identidades e da diferença surda. Para a execução do curso e para a elaboração de escritas sobre os resultados da pesquisa em artigos e em um capítulo de livro, dialogamos com autores que trabalham no campo dos Estudos Culturais e dos Estudos Surdos, entre os quais Michel Foucault, Jorge Larrosa e Roland Barhes. Imagem 3 – Intérprete e narrador. Os dados produzidos na pesquisa mostram que a grande maioria dos alunos surdos que chega à escola não conhece a Língua de Sinais, sendo esse o espaço onde começam a desenvolver uma comunicação em contato com pares surdos, professores surdos e professores ouvintes bilingues. Os dados mostram também que muitos professores não tiveram uma formação específica para atuação na área. A falta de formação inicial ou continuada, de apoio, de projetos e de atividades para a comunidade surda provoca limites interativos com os alunos surdos e seus professores nas escolas e dificuldades que não podem ser atribuídas à condição da surdez dos alunos, mas ao contexto educacional, que ainda se mostra despreparado para uma atuação que considere a diferença surda como pura diferença e não como uma deficiência, como uma condição sensorial que deve ser corrigida e apagada. A pesquisa traz como resultado a necessidade de mais problematizações sobre as políticas de educação e práticas pedagógicas existentes hoje na área da Educação de Surdos. Assim, consideramos que as análises aqui apresentadas merecem um aprofundamento e desdobramentos em pesquisas futuras. Imagem 4 – Créditos do Documentário   

Língua de sinais e educação de surdos: políticas de inclusão e a diferença surda na escola

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