Sepse neonatal como fator de risco para leucomalácia periventricular em pré-termos de muito baixo peso

Abstract

Objetivo: Verificar a associação de leucomalácia periventricular (LPV) e sepse neonatal em recém-nascidos de muito baixo peso (RNMBP). Métodos: Foram incluídos RNMBP com suspeita clínica de infecção nascidos na instituição de 01/08/2005 a 31/07/2007. Foram excluídos óbitos antes dos 14 dias, malformações do sistema nervoso central e infecções congênitas. Foi realizado ultra-som cerebral no terceiro dia e semanalmente até a sexta semana de vida ou alta. LPV foi diagnosticada por hiperecogenicidade difusa periventricular persistente por mais de 7 dias, ou por cistos periventriculares.RNMBP foram divididos em grupos com e sem LPV. Sepse foi definida por manifestação clínicacomcultura positiva. Os testes t, Mann-Whitney, qui-quadrado e regressão logística foram usados. Resultados: Foramincluídos 88 RNMBP, sendo que 62 (70,5%) sobreviveram e 51 (57,8%) tiveram LPV. Os grupos foram semelhantes no peso de nascimento, idade gestacional, escore de Apgar, tipo de parto, SNAPPE-II, presenças de enterocolite necrosante, persistência de canal arterial e óbitos. Sepse e ventilação mecânica foram mais freqüentes no grupo com LPV (23,5 e 2,7%, p = 0,005; 86 e 59%, p = 0,004, respectivamente). Na regressão logística, ambos foram fatores de risco independentes para LPV (p= 0,027 e 0,015, respectivamente). Conclusão: Corioamnionite é fator de risco definido para LPV. Demonstramos que sepse neonatal também é fator de risco importante. Acreditamos que a resposta inflamatória sistêmica seja o principal fator envolvido na etiopatogenia da LPV em RNMBP.Objective: To investigate the association between periventricular leukomalacia (PVL) and neonatal sepsis in very low birth weight infants (VLBWI). Methods:We studied VLBWI with a clinical suspicion of infection who had been born at our institution between the 1st of August, 2005 and the 31st of July, 2007. Children were excluded if they died before reaching 14 days, had malformations of the central nervous system or congenital infections. Ultrasound brain scans were carried out on the third day and weekly up until the sixth week of life or discharge. Periventricular leukomalacia was diagnosed by persistent diffuse periventricular hyperechogenecity for more than 7 days, or by periventricular cysts. The VLBWI were separated into two groups on the basis of the presence or absence of PVL. Sepsis was defined as clinical manifestation plus a positive culture. The Mann-Whitney, chi-square and t tests were applied followed by logistic regression. Results: A total of 88 VLBWI were studied. Of these, 62 (70.5%) survived and 51 (57.8%) had PVL. Both groups were similar in terms of birth weight, gestational age, Apgar score, type of delivery, SNAPPE-II score, presence of necrotizing enterocolitis, persistent ductus arteriosus and deaths. Sepsis and mechanical ventilation were more common in the group with PVL (23.5 and 2.7%, p = 0.005; 86 and 59%, p = 0.004, respectively). Both of these were identified as, independent risk factors for PVL by logistic regression (p = 0.027 and 0.015, respectively). Conclusions: Chorioamnionitis has been defined as a risk factor for PVL. We have demonstrated that neonatal sepsis is also an important risk factor. We believe that the systemic inflammatory response is the principal factor involved in the etiopathogenesis of PVL among VLBWI

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