Leonardi, Bianca Franco

Lume 5.8

 AVALIAÇÃO QUÍMICA E ANTI-INFLAMATÓRIA DE Capsicum baccatum var. pendulum (Solanaceae) Bianca Leonardi 1, Aline Zimmer2,3, Jarbas R. de Oliveira3, Grace Gosmann2, Simone C. B. Gnoatto2 1Aluna de Graduação em Farmácia, Bolsista de Iniciação Científica, UFRGS 2Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas - PPGCF-UFRGS 3Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)                                           APOIO FINANCEIRO   Foi realizado o fracionamento de C. baccatum, com o objetivo de identificar a fração responsável pelas atividades antioxidante e anti-inflamatória. Além disso, foi determinado o conteúdo de compostos fenólicos totais e flavonóides, a fim de correlacioná-los com as atividades biológicas analisadas. MATERIAIS E MÉTODOS   OBJETIVOS   A pimenta dedo-de-moça (Capsicum baccatum var. pendulum) é uma das espécies mais consumidas no Brasil, principalmente nas regiões Sul e Sudeste. Verificou-se na literatura que estudos realizados com espécies de pimentas do gênero Capsicum apontam propriedades tais como ação anti-inflamatória e hipocolesterolêmica em ensaios com animais.1,2,3 Estudos recentes demonstram que a hiperlipidemia e a inflamação, associadas ao estresse oxidativo e a hiperglicemia, estão intimamente ligados à patogênese da aterosclerose, consequentemente, ao aumento do risco de problemas cardiovasculares.4,5   Os frutos foram obtidos em área cultivada (Turuçu, RS, Brasil). Os frutos e as sementes foram secos, separadamente,  em estufa de ar circulante (40 º C) e depois triturados.                 O teor de compostos fenólicos totais e flavonóides foi determinado por espectroscopia no ultravioleta, utilizando-se como padrão ácido gálico e quercetina, respectivamente. A atividade antioxidante foi avaliada através do ensaio espectrofotométrico com DPPH, sendo utilizados como controle positivo ácido ascórbico, quercetina e capsaicina.  A atividade anti-inflamatória das amostras foi testada através do modelo de pleurisia induzida por carragenina (CG) em camundongos. Os animais foram tratados com 200 mg/kg, v.o., de cada extrato 1 h antes do estímulo inflamatório. Como controle positivo foi utilizado dexametasona (DEXA). Os parâmetros inflamatórios avaliados no líquido pleural foram o grau de exsudação e a contagem de leucócitos totais. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética  10/00159.      ***P<0.001, **P<0.01, *P<0.05 comparados a SAL; ###P<0.001, ##P<0.01, #P<0.05 comparados a CG; &&&P<0.001, &&P<0.01, &P<0.05 comparados a DEXA (ANOVA/Bonferroni).      A fração diclorometano dos frutos apresentou a melhor atividade antioxidante e o maior teor de flavonóides. O extrato etanólico e a fração butanol apresentaram potencial antioxidante e diminuíram significativamente os parâmetros inflamatórios analisados, evidenciando assim potencial atividade anti-inflamatória, comparável a atividade apresentada pela dexametasona. Desta forma, os resultados sugerem que C. baccatum possui substâncias com importante atividade antioxidante e anti-inflamatória associadas, que podem ser utilizados como protótipos em estudos de química medicinal na busca de novos fármacos. RESULTADOS  CNPq , CAPES e FAPERGS  Refluxo Soxhlet Extrato bruto etanólico  Fração Diclorometano  Fração n-Butanol Decocção Resíduo Aquoso Atividdes Antioxidante e Antiinflamatória  Material Vegetal Amostras  Teor de Flavonóides (mg QE/g) Fenólicos totais (mg GAE/g) EC50  (µg.ml-1) Ácido ascórbico 4,68 Quercetina 14,91 Capsaicina 17,62 Fruto Extrato etanólico 34,36 ± 4,04c 180,08 ± 3,76b 267,58 Fração diclorometano 102,48 ± 6,38a 149,28 ± 2,46c 66,21 Fração butanólica 54,68 ± 2,92b 187,51 ± 2,34b  241,64 Fração aquosa 20,80 ± 1,56d 186,00 ± 6,82b  327,37 Sementes  Extrato bruto etanólico 20,21 ± 0,38d 223,38 ± 4,64a  229,72 Fração diclorometano 18,28 ± 8,80d 53,97 ± 8,15e 819,67 Fração butanolica 26,21 ± 3,29d 75,77 ± 14,64d 367,02  Fração aquosa 21,81 ± 4,82d 70,29 ± 21,01d 409,24 SAL CG DEXA EBF EFD EFBu EFAq EBF EFD EFBu EFAq02468101214*****&&***&&&**&&**&&*# # ### #Fruto SementesLeucócitos totais(x 106 cels/cavity)REFERÊNCIAS 1. SRINIVASAN, Food Research International, 38, 77-86 (2005). 2. SPILLER et al., Journal of Pharmacy and Pharmacology, 60, 473-8 (2008). 3. AIZAWA & INAKUMA, British Journal of Nutrition, 102, 1760–6 (2009). 4. LIBBY, Nature, 420, 868-874 (2002). 5. ARROYO & IRUELA-ARISPE, Cardiovascular Research, March 10 (2010) [Epub ahead of print]. 6. SÁNCHEZ-MORENO et al., Journal of the Science of Food & Agriculture, 76, 270 (1998). INTRODUÇÃO        CONCLUSÃO 

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