Objetivo: Este estudo propôs-se identificar os locais e a maneira como eram feitos a armazenagem e o descarte de medicamentos, assim como avaliando a presença da farmácia caseira e a prática da automedicação de uma população do município de Xangri-Lá, RS. Metodologia: Estudo transversal, com amostra intencional de 150 famílias cadastradas na UBS Figueirinha do município. Os dados coletados através de questionários, nas quais o responsável assinava o termo de consentimento. Resultados: a armazenagem de medicamentos foi encontrada em 89,3% dos domicílios, caracterizando uma alta prevalência de farmácia caseira, sendo os analgésicos os medicamentos mais presentes (85,3%). O local mais frequentemente escolhido para esta armazenagem foi a cozinha (58%), geralmente dentro de algum armário (36%). Quanto aos medicamentos não mais utilizados, 30,7% das pessoas relataram que os deixavam guardados. Conclusões: A população estudada estava armazenando e descartando inadequadamente os medicamentos, ou seja, a cozinha foi utilizada como local de armazenagem, e o lixo comum, como destino principal dos medicamentos não mais utilizados. O médico foi o profissional mais citado para esclarecer possíveis dúvidas relacionadas ao uso da medicação, mas em nenhum momento quanto ao seu armazenamento e descarte. Respeitar as doses, os horários e as restrições são informações que cabe ao prescritor fazer, bem como orientar na armazenagem e no descarte do medicamento.Objective: This study was proposed to identify the locations and how the medication was stored and discarded, as well as to evaluate the presence of home pharmacy and the self- medication practice of a population of Xangri-Lá city (RS).Methodology: Cross-sectional study with a purposive sample consisted of 150 families registered at Figueirinha neighborhood. The data were collected through questionnaires, in which the head signed a consent form. Results: the medication storage was found in 89,3% of the residences, featuring a high prevalence of home pharmacy, being the analgesic the most prevalent medication (85,3%). The most frequently chosen place for the storage was the kitchen (58%), usually inside of some cabinet (36%). As for medication no longer used, 30,7% of the individuals reported that they left them saved. Conclusions: The studied population was stocking and discarding the medication inappropriatly, in other words, the kitchen was used as storage place and the garbage as the main destiny for the medication no longer used. The doctor was the most cited professional to explain possible doubts related to medication use, but never concerning the storage and discard. Respect the dosage, the schedule and the restrictions are information that falls to the pescriber to do, as well as to guide in the medication storage and discard