Brandao, Ajacio Bandeira de Mello

Cerski, Carlos Thadeu Schmidt

Fraga, Christina Garcia da Silva

Marroni, Claudio Augusto

Paz, Felipe S.

Schwengber, Alex

Silva, Leonardo Leiria de Moura da

Lume 5.8

AVALIAÇÃO DO TRANSPLANTE ORTOTÓPICO DE FÍGADO EM PACIENTES COM O VÍRUS DA HEPATITE C. Silva LLM , Fraga CGS , Schwengber A , Paz FS , Cerski CTS , Brandão ABM , Marroni CA . Grupo de Transplante Hepático – Complexo Hospitalar Santa Casa de Porto Alegre / Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre FFFCMPA.A infecção pelo vírus da hepatite C (VHC) é uma infecção muito prevalente, acometendo em torno de 170 milhões de pessoas em todo mundo. O padrão clínico silencioso e as altas taxas de cronicidade explicam em parte o grande número de indivíduos infectados. O transplante ortotópico de fígado (TOF) é a terapia mais eficiente para o tratamento de  pacientes  com doença  hepática  terminal  resultante  da  hepatite  crônica  pelo  VHC.  A  utilização  de marcadores suficientemente sensíveis pode detectar a recidiva viral pós-TOF na quase totalidade dos pacientes. Os achados clínicos e histopatológicos pós-TOF podem predizer  uma melhor conduta clínica, bem como o aumento da sobrevida desta população. O objetivo deste trabalho é analisar a evolução dos pacientes com VHC submetidos ao TOF pelo Grupo de Transplante Hepático (GTH) do Complexo Hospitalar Santa Casa de Porto Alegre / FFFCMPA. Foram avaliados os prontuários clínicos e laudos anátomo-patológicos de 420 pacientes transplantados pelo GTH entre outubro de 1991 e março de  2004.  As biópsias realizadas não são protocolares.  O transplante  hepático  em pacientes cirróticos VHC positivos perfaz 58,33% (245 casos) dos transplantes realizados. Em 188 casos (44,76%) o VHC foi a etiologia isolada. Foi também documentada a associação entre o VHC e álcool (11,6%), hemocromatose (0,47%), vírus da hepatite B (0,47%), colangite esclerosante primária (0,23%) e deficiência de alfa-1-anti-tripsina (0,23%). A associação entre VHC, VHB e álcool foi observada em 2 casos. A média de idade dos pacientes transplantados foi de 54,18±9,25 anos, sendo a maioria (66%) do sexo masculino. As biópsias hepáticas realizadas demonstraram alterações histológicas compatíveis com recidiva viral em 24,82% dos casos. Hepatite crônica mínima ou moderada foi encontrada em, respectivamente, 14,18% e 4,96% das biópsias. Achados compatíveis, mas não diagnósticos da recidiva viral foram encontrados em 18 casos (4,28%). Houve necessidade de retransplante em 6 pacientes, no entanto, somente 1 devido à recidiva do VHC. A sobrevida total em um ano foi de 82,44%, e em cinco anos, de 73,06%, apresentando taxas semelhantes às existentes na literatura.  A grande maioria  dos transplantes ortotópicos de fígado realizados pelo  GTH são de pacientes VHC positivos. A recidiva histológica é elevada e os achados anátomo-patológicos podem determinar a conduta terapêutica pós-TOF. 

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Avaliação do transplante ortotópico de fígado em pacientes com o vírus da hepatite C

Avaliação do transplante ortotópico de fígado em pacientes com o vírus da hepatite C

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