Kappler, Claude

Oswald, S.H.

Rohde, Luis Augusto Paim

Teodoro, Maria de Lourdes

Portuguese

Lume 5.8

RELACIONAMENTO FAMILIAR NA PERCEPÇÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE DURANTE O PROCESSO DE TRATAMENTO. Oswald SH, Teodoro MLM, Rohde LAP, Käppler C. Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. HCPA - UFRGS.Fundamentação: A sintomática do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é relacionada com muitas interações negativas, tanto na família como no contexto social e na escola. Estudos mostraram que os pais de crianças com TDAH sentem-se sobrecarregados e incompetentes em relação à educação dos filhos, como também que as famílias  dessas crianças e adolescentes possuem um relacionamento  qualitativamente  inferior  ao de famílias  não-clínicas.  Objetivos:  Investigar  o relacionamento  familiar  de  crianças e  adolescentes com o transtorno de déficit  de atenção e hiperatividade antes do tratamento psicofarmacológico e após três meses através das dimensões coesão e hierarquia.Causistica:O instrumento utilizado para a avaliação da coesão e hierarquia familiar foi o ‘Family System Test’ (FAST),  queconsiste  de  um tabuleiro  como o  de  xadrez,  figuras  masculinas  e  feminas  e  cilindros  de  três  alturas diferentes.  Foi  pedido  aos  participantes  que  representassem  com  este  material  a  sua  família  em  três  situações diferentes (cotidiano, ideal e conflito). A coesão da família é medida através da distância entre as figuras, e a hierarquia através  da  altura  destas,  conforme  representadas  com os  cilindros.  Foram avaliados  atualmente  os  dados  de  16 pacientes  com  TDAH  no  início  e  final  do  atendimento  no  ambulatório  do  Serviço  de  Psiquiatria  da  Infância  e Adolescência dos HCPA (sexo: m=11, f=5; idade: 8 – 15 anos, m = 10,81 anos). A análise estatística foi executada através do programa SPSS 11.0 com o teste de Wilcoxon.Resultados:Os resultados mostram que as crianças com TDAH percebem a sua família após três meses de tratamento como significativamente mais coesiva (p<.05) no dia-a-dia. Na situação de conflito o relacionamento dos irmãos é representado como menos hierarquico (p<.05). Entretanto, não  foram  encontradas  diferenças  significativas  entre  os  dois  levantamentos  em  relação  à  representação  ideal. Conclusões:  Esses resultados indicam que o  relacionamento  familiar  de crianças com TDAH é relacionado com a intensidade dos sintomas e melhora consideravelmente com o seu tratamento. Devido a importância do papel da família para a  evolução e  manifestação do transtorno,  estes resultados apóiam a necessidade de incluir  os  familiares no tratamento da criança.

Relacionamento familiar na percepção de crianças e adolescentes com déficit de atenção e hiperatividade durante o processo de tratamento

https://lume.ufrgs.br/bitstream/10183/948/1/000453827.pdf

Relacionamento familiar na percepção de crianças e adolescentes com déficit de atenção e hiperatividade durante o processo de tratamento

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