O artigo propõe uma agenda de análise rítmica para estudar as criatividades do protesto. A discussão sobre a análise rítmica é ancorada na ontologia dos selves de autoria de Cornelius Castoriadis. Abarcaremos psique e sociedade no mesmo pensamento e mudaremos os termos do debate das subjetividades coletivas para a emergência rítmica dos divíduos. O artigo introduz a noção de ritmos concêntricos como um quadro analítico para tornar inteligíveis as polirritmias dos locais de protesto. Finalmente, o artigo constrói uma vinheta sobre ritmos concêntricos, onde, analisando uma coreografia particular do protesto, nos habilitamos a falar sobre autonomia, reconhecimento e política pós-edípica