A genealogia opera como uma ciência nômade. Enredada aos princípios do jogo – conflito, acaso, simulação e vertigem –, ela se coaduna a saberes ambulantes, que não cessam de seguir os fluxos, as desterritorializações, os modelos hidráulicos e as heterogeneidades. A partir das reverberações da proposta genealógica de Friedrich Nietzsche, elabora-se um encontro entre os pensamentos de Michel Foucault e Gilles Deleuze, autores que reinventam a genealogia nietzschiana. Observam-se suas orientações em direção à produção da genealogia da história, destacando os aspectos nômades ou menores presentes nesse processo interpretativo. Enfim, elucidam-se três aspectos da genealogia, elementares para a análise histórica: a avaliação das origens, a crítica como elemento diferencial da avaliação e a criação de novos valores