Fosfoetanolamina sintética: a judicialização da saúde na busca por milagres, inconsequência jurídica ou prestação do dever estatal?

Abstract

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação)A partir da distribuição da Fosfoetanolamina Sintética por um pesquisador do Instituto de Química da Universidade de São Paulo para pessoas com câncer - sob a alegação de que esta seria capaz de auxiliar no tratamento podendo ocasionar, inclusive, a cura - o judiciário foi abarrotado com demandas requerendo a produção e concessão da seguinte pílula. Diante de inúmeras súplicas materializadas em petições, numerosas decisões foram articuladas em sentido favorável à concessão da Fosfoetanolamina Sintética. No entanto, a substância referida faz-se totalmente experimental, isenta de qualquer estudo austero e comprovação científica que ao menos venha a indicar provável eficácia. Sendo assim, tais circunstâncias em que o judiciário vem a sobrepujar diretrizes terapêuticas determinadas pelo ordenamento jurídico, em prol da vontade da parte autora legitimada pelo seu direito subjetivo à saúde, geram a problematização se consistiriam em uma tentativa de prestação do dever de saúde do Estado ou em mera inconsequência jurídica. A fim de desvendar e discorrer acerca de tal problemática serão analisadas na pesquisa ações nas quais foi requerida a concessão da substância Fosfoetanolamina Sintética, ajuizadas no período referente aos meses de novembro e dezembro do ano de 2015 e de janeiro e fevereiro do ano de 2016, todas interpostas contra o Estado de Santa Catarina

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