Fiction at point blank range: trepidation of time and echoes of history in O Marechal de costas, by José Luiz Passos

Abstract

The effort of this reflection is to think how O Marechal de costas, by José Luiz Passos (2016), problematizes and updates the old form of the historical novel. That would necessarily lead to a second, more risky reflection: how literature operates in times of exacerbated political-social tension, and what are the possible literary responses to the clashes of historical time. From the premise that all literary forms are essentially historical, the central hypothesis of this work understands that the historical novel has always operated as a kind of seismograph, which captures the shocks of the time. The novelty of Passos's novel is to intensify this procedure by making a sort of fiction at point-blank range, taking the contemporary element as historical.O esforço desta reflexão se orienta no sentido de pensar como O Marechal de costas, de José Luiz Passos (2016), problematiza e atualiza a velha forma do romance histórico. O que levaria necessariamente a uma segunda reflexão, mais arriscada: como a literatura opera em momentos de tensão político-social exacerbada, e quais são as possíveis respostas literárias aos embates da hora histórica. A partir da premissa de que todas as formas literárias são essencialmente históricas, a hipótese central desse trabalho entende que o romance histórico sempre operou como uma espécie de sismógrafo, que capta os abalos da época. A novidade do romance de Passos (2016) está em intensificar tal procedimento, ao fazer uma espécie de ficção à queima-roupa, assumindo como histórico o elemento contemporâneo

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