Este artigo tem como objetivo cartografar a experiência de um acadêmico de psicologia em um encontro na cidade de XXXX/XX, com a temática de Redução de Danos (RD) e Gestão Autônoma da Medicação (GAM). Na ocasião estavam presentes usuários, estudantes, residentes, professores e profissionais do campo da saúde mental, álcool e outras drogas. O gatilho para o pesquisar foi a afetação do estudante a partir da fala de uma profissional que disse preferir um usuário de crack internado e amarrado do que oferecendo perigo para a sociedade, pois alguém que faz o consumo de um benzodiazepínico não mata para sustentar seu vício. Um usuário, por sua vez, a respondeu dizendo que ela não via isso acontecer porque o medicamento está disponível em qualquer farmácia. Efetuamos um olhar para as reverberações desse acontecimento, constituindo nossa trajetória/método. Buscamos construir uma narrativa histórica das drogas por meio do campo discursivo da RD e GAM, além de mapear a produção de subjetividade na relação com as drogas nos movimentos desse encontro. Consideramos, por fim, que há algo de novo entre RD e GAM: o uso de medicamentos vem se tornando um problema tão importante quanto o consumo de drogas ilícitas. São investidos saberes e práticas para dar conta de inventar e disputar formas de entender e conduzir os modos de vida que incluem as substâncias psicoativas