Dimensionamento da via permanente e avaliação das tensões nas camadas do pavimento ferroviário em função da variação dos trilhos e dormentes

Abstract

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação)O Brasil, devido às suas proporções territoriais, tem um enorme potencial para o desenvolvimento do modal ferroviário, já que, dentre aqueles existentes, a ferrovia é o meio de transporte ideal para o transporte de longas distâncias com maior volume de carga. Apesar disso, o investimento de governos anteriores foi focado no transporte rodoviário, como pode ser notado na matriz de transportes brasileira, em que a participação do modal rodoviário é predominante. Apesar do crescente investimento do Brasil em ferrovias, ainda há muito a ser explorado nesse quesito. Um novo traçado de ferrovia está sendo estudado, a Ferrovia do Cerrado, com trecho estabelecido entre Alto Araguaia-MT e Uberlândia-MG, com um total de 671 Km. Esse trabalho faz um dimensionamento da via permanente desse trecho por meio de fórmulas apresentadas na literatura. Posteriormente, analisou-se o comportamento do pavimento ferroviário, por meio de valores de tensões nas camadas de lastro, sublastro e subleito que foram gerados no software Kentrack 4.0, com a mudança de parâmetros de projeto, tais como a classe dos trilhos, o material e espaçamento dos dormentes. Todos os resultados do software foram condizentes com a realidade e com a bibliografia estudada. Para a variação do tipo de trilho, concluiu-se que quanto mais pesado o trilho, menores são as tensões de compressão que passam para as camadas inferiores. Com a variação do tipo de material do dormente, verificou-se que, no dormente de concreto, em comparação com o dormente de madeira prismática, houve uma variação considerável nas tensões, com uma redução média nos valores das tensões de 39% para o lastro, 27% para o sublastro e 12% para o subleito. A variação do espaçamento dos dormentes possibilitou perceber que, quanto mais espaçados os dormentes, maiores as tensões nas demais camadas, tanto para dormentes de concreto quanto de madeira. Outra análise possível foi que a variação das tensões com todos os parâmetros que foram variados se deram em faixas percentuais parecidas para os dormentes de madeira e concreto, sendo que os de concreto tiveram uma variação menor em torno de 2% em média

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