APRIMORAMENTO COGNITIVO POR MEIO DE NOOTRÓPICOS EFICAZES: UMA ABORDAGEM CONSEQUENCIALISTA

Abstract

A prática do uso de medicamentos que prometem aprimorar o funcionamento de certas capacidades cerebrais, como memória e concentração, tem se intensificado. Indivíduos considerados saudáveis fazem uso indiscriminado de tais drogas na esperança de melhorar seus resultados nos estudos ou trabalho. De tal prática surge um problema moral: seria permissível que as pessoas usem substâncias para melhorar seu desempenho cognitivo e, portanto, modificar suas capacidades específicas cerebrais (como memória ou concentração)? Para abordar tal problema em ética aplicada, precisamos de um modelo normativo que consiga nos indicar quais são nossos deveres. Com a finalidade de responder o problema proposto eu sugiro que aceitemos um modelo normativo consequencialista que terá a finalidade de nos indicar se a prática do uso de medicamentos com a finalidade de melhorar nossas capacidades cognitivas é moralmente permissível ou não. Baseado em tal modelo normativo e nas informações acerca dos resultados do uso de uma classe de medicamentos – conhecidos como “nootrópicos” – concluo pela não permissibilidade do uso para fins de aprimoramento, porque tal prática gera, como consequência, mais danos que benefícios aos indivíduos

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