Freitas, Paulo André Moreira de

Lazzarini, Gustavo Maximiano Junqueira

Vasconcelos, Rafael Miranda

Portal de Revistas do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade)

1 Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Brasil, 2 Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos 
Naturais Renováveis, Goiânia, Brasil, ＊E-mail para contato: gmjlazzarini@bol.com.br 
 
 Número Especial: 7a Conferência Internacional sobre Incêndios Florestais - Resumos 
 
 
Análise da incidência de focos de calor em unidades 
de conservação, terras indígenas e quilombolas do 
Estado de Goiás entre 2008 e 2017   
 
Rafael Miranda Vasconcelos 1, Paulo André Moreira de Freitas 1, Gustavo Maximiano Junqueira 
Lazzarini 2* 
 
 
 
RESUMO – Este trabalho analisou o registro e a concentração de focos de calor em áreas 
protegidas (parques nacionais e estaduais, terras indígenas e quilombolas) do Estado de Goiás 
num período de 10 anos. Foram utilizados os focos de calor do satélite referência do INPE 
registrados entre 2008 e 2017. A concentração média anual de registro de focos de calor dentro 
das áreas protegidas foi de 37,1 focos/1.000km², nas zonas de amortecimento (faixa de entorno 
de 5 km) foram 28,5 e no restante do Estado fora dessas áreas foi de 16,8. Os anos com maior 
e menor concentração de registros nas áreas protegidas foram respectivamente 2009 e 2010 
(10,0 e 121,7 focos/1.000km²). Isso representou um aumento de mais de 12 vezes de um ano 
para o outro. Nas mesmas épocas, o entorno das áreas protegidas teve um aumento de 7 vezes 
(de 9,2 para 65,2 focos/1.000km²), enquanto o restante do Estado teve uma densidade 
aumentada em pouco mais de 4 vezes de um ano para o outro (de 8,6 para 37,3 focos/1.000km²). 
O Parque Estadual João Leite foi a área protegida mais afetada pelas queimadas no período de 
10 anos avaliado, com uma concentração média anual de 123,3 focos/1.000km², seguida pelo 
Parque Estadual do Araguaia (75,3) e pela Terra Indígena Carretão I (69,2). De todas as áreas 
analisadas, 5 não tiveram registros de focos de calor em seu interior no período. As zonas de 
amortecimento tiveram uma concentração média variando entre 1,3 e 52,4 focos/1.000km², 
sendo os mais afetados o entorno da Terra Indígena Família Magalhães (52,4), do Parque 
Estadual Altamiro de Moura Pacheco (47,4) e do Parque Estadual do Araguaia (47,3). Este 
estudo permitiu concluir que a maior concentração das queimadas em Goiás é dentro das áreas 
protegidas. Por fim, destaca-se a gravidade do problema no Parque Estadual João Leite, o qual 
serve de proteção para o manancial de abastecimento da região metropolitana da capital do 
Estado, onde deveriam ser implementadas técnica de manejo integrado de fogo com vistas a 
proteger o local e áreas adjacentes. 
 
Palavras-chave: Focos de calor; Goiás; unidades de conservação; terras indígenas; quilombolas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Análise da incidência de focos de calor em unidades de conservação, terras indígenas e quilombolas do Estado de Goiás entre 2008 e 2017

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Análise da incidência de focos de calor em unidades de conservação, terras indígenas e quilombolas do Estado de Goiás entre 2008 e 2017

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