CONHECIMENTO DOS RISCOS E CIRCUNSTÂNCIAS DOS ENVENENAMENTOS

Abstract

Os envenenamentos são efeitos de substâncias tóxicas em excesso no organismo ou a reação causada após a ingestão de substâncias a que o organismo humano não está habituado; causam efeitos danosos ao corpo ou exacerbam alguns efeitos que são peculiares e inerentes aos seres humanos, podendo bloquear o funcionamento de órgãos e sistemas. Este estudo teve como objetivos identificar o nível de conhecimento da comunidade acerca dos riscos relacionados aos envenenamentos, descrever as circunstâncias dos envenenamentos e discutir as implicações dos envenenamentos no cotidiano em indivíduos de ambos os sexos. Trata-se de estudo transversal e quantitativo que entrevistou 98 indivíduos de ambos os sexos, aos quais foi aplicado um questionário com 12 perguntas abertas e fechadas. Foram selecionados 93 questionários, 04 foram descartados por terem sido preenchidos incorretamente e 01 entrevistado recusou-se a responder e participar da pesquisa. A faixa etária dos participantes variou dos 14 aos 66 anos, com predominância da faixa etária de 16 a 19 anos, média 19,08 anos, mediana 17 anos e frequência modal de 16 anos. Predominaram indivíduos do sexo masculino. Foi identificado que 96,7% (n= 90) dos participantes sabem o que significa envenenamento. Mesmo tendo sido identificado que algumas substâncias e animais potenciais causadores de envenenamentos estão presentes e são utilizados no nosso cotidiano, 80,7% (n= 75) relatam não saberem quais são as condutas frente a esse tipo de situação, bem como, acerca da prevenção dos envenenamentos, onde 63,4% (n= 59) não conhecem estratégias de prevenção, 29% (n= 27) afirmam terem sofrido algum tipo de envenenamento ao longo da vida, destes 55,6% (n= 15) recorreram a atendimento hospitalar; entretanto, 44,4% (n= 12) buscaram a reversão da sintomatologia apresentada com o uso de medidas caseiras ou automedicação e 38,7% (n= 36) acreditam que estes ocorrem de maneira acidental, 33,4% (n= 31) por uso e/ou abuso de substância intoxicante, 9,67% (n= 9) em tentativa de autoextermínio ou suicídios e 6,45% (n= 6) em auto-medicação ou em erro de administração. Foi possível concluir que os participantes da pesquisa apresentam um baixo conhecimento acerca da temática, o que pode favorecer a ocorrência de novos casos de envenenamentos, ainda que, acidentais ou intencionais. O que aponta para a necessidade de difusão do conhecimento acerca desta problemática. Palavras-chave: Envenenamento; Prevenção de riscos; Emergências

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