The use of the International Classification of Functioning, Disability and Health in the physical therapy assessment of individuals with musculoskeletal disorders of the lower limbs and lumbar region

Abstract

A estrutura e o conteúdo da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) podem contribuir para a orientação e sistematização da prática clínica do fisioterapeuta. Apesar de promissor, seu uso ainda é limitado, principalmente devido à complexidade de sua aplicação. O objetivo deste estudo foi analisar as dificuldades encontradas no uso da CIF para codificar atividades/participação de pacientes com problemas musculoesqueléticos nos membros inferiores e na região lombar avaliados por um fisioterapeuta. Métodos: Foram utilizados os relatos dos pacientes quanto às atividades/participação alteradas em decorrência de problemas musculoesqueléticos. Os dados foram coletados dos prontuários e agrupados em categorias para codificação posterior. Resultados: Cinco domínios da CIF foram utilizados para descrever as atividades/participação alteradas nesses indivíduos (mobilidade, cuidados pessoais, vida doméstica, áreas principais da vida e vida comunitária, social e cívica) e foram identificadas quatro questões relacionadas à codificação: (1) códigos múltiplos para algumas atividades/participação; (2) código impreciso para detalhar uma atividade/ participação (distância corrida); (3) código “não especificado” para classificar o “entrar no carro”; (4) códigos genéricos para atividades/participação que se referem a esportes. Discussão: A possibilidade de seleção de vários códigos para uma mesma condição, decorrente da superposição e inter-relação de atividades/participação, pode tornar a classificação inconsistente em algumas situações. A ausência de detalhamento para algumas atividades/participação pode limitar a precisão na categorização e documentação das informações. Conclusão: A CIF possibilitou a caracterização do estado de saúde dos indivíduos, mas apresenta algumas questões que devem ser consideradas para seu aperfeiçoamento.The structure and contents of the International Classification of Functioning, Disability and Health (ICF) can contribute to the physical therapists’ clinical practice management and systematization. Although promising, its use is still limited, especially due to the complexity of its application. The aim of this study was to analyze the difficulties related to the use of the ICF to codify activities/ participation of patients with musculoskeletal disorders in the lower limbs and lumbar region, evaluated by a physical therapist. Methods: Reports of patients related to the activities/participation that were altered due to musculoskeletal disorders were used. Data were obtained from the charts and grouped into categories for subsequent coding. Results: Five ICF domains were used to describe the altered activities/participation (mobility, self-care, domestic life, major life areas and community, social and civic life) and four difficulties related to the coding process were identified: (1) multiple codes related to some activities/participation; (2) inaccurate code to detail one activity/participation (run distance); (3) “unspecified” code used for the classification of “getting into the car”; (4) generic codes attributed to activities/participation that refer to sports. Discussion: The possibility of choosing several codes to describe the same condition due to the overlap and interrelation of activities/participation can make the classification process inconsistent in some situations. The absence of detailing concerning some activities/participation can restrict the precision of categorization and data documentation. Conclusion: The ICF allowed the characterization of the health status of individuals, but presented some issues that must be considered in order to obtain its improvement

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