Objetivo: Identificar preditores da independência funcional em idosos portadores de Insuficiência Cardíaca (IC). Método: Estudo exploratório, descritivo, transversal, de campo e correlacional do qual participaram 146 idosos com IC em tratamento ambulatorial em dois serviços de referência do Estado de São Paulo. Para a coleta dos dados foram utilizados dois instrumentos: Caracterização Sociodemográfica e Clínica e a Medida de Independência Funcional (MIF). Foram realizadas análises estatísticas descritivas, de comparação (Teste de Kruskal-Wallis) e Análise de Regressão Univariada e Múltipla. Resultados: Houve distribuição homogênea entre os sexos, sendo 52,0% homens, idade média de 68,6 (±6,9) anos, com 3,4 (±2,8) anos de estudo. A caracterização clínica evidenciou idosos com média de 3,9 (±1,7) co-morbidades, sintomáticos, com média de 3,5 (±1,4) sintomas, com predominância das CF-NYHA I e II e com FEVE rebaixada (67,0%) - média de 0,46 (±0,17). Foram constatados escores médios elevados na MIF indicando independência funcional nos idosos estudados. A comparação entre escores da MIF e CF-NYHA evidenciou que a MIF diminuiu na medida em que houve progressão da CF-NYHA. A análise de regressão múltipla mostrou que as variáveis CF-NYHA, escolaridade e idade ≥ 80 anos foram preditoras da MIF no idoso com IC, explicando 35,0% da variabilidade da MIF. Conclusão: As variáveis, CF-NYHA, idade superior a 80 anos e maior nível de escolaridade foram preditoras da independência funcional, o que aponta para a relevância de intervenções que privilegiem a detecção e/ ou controle de perdas funcionais advindas da senescência, bem como a manutenção do status funcional no idoso com IC.Objective: The aim of this study was to identify the functional independence predictors in elderly patients with heart failure (HF). Design and Methods: Exploratory, descriptive and transversal study with 146 elderly outpatients with heart failure referred to hospitals in São Paulo. Two instruments were used for the data collection: the Sociodemographic and Clinical Instrument and The Functional Independence Measure (FIM). Descriptive and comparative statistical analyses were used (Kruskal-Wallis), as well as univariate and multiple regression analyses. Results: 52.0% of the patients were males, with a mean age of 68.6 (±6.9) years and 3.4(±2.8) years of education, with 3.9 (±1.7) comorbidities, 3.5 (±1.4) symptoms, with a predominance of NYHA class I or II (65%) and 67% with decreased left ventricular ejection fraction (LVEF). High FIM scores were observed, demonstrating the functional independence of the studied patients. The comparison between FIM scores and NYHA classes showed that a worse FIM score correlated with a progression in the NYHA class. The multiple regression analysis showed that the NYHA classes, years of education and age older than 80 years were predictors of functional independence, explaining 35.0% of the FIM variability. Conclusion: The variables NYHA class, age older than 80 years and higher level of education were predictors of functional independence and this fact suggests the importance of interventions that favor the detectio