Universidade de São Paulo. Escola de Comunicações e Artes
Abstract
The article seeks a bridge between the production of fictional narratives and the scientistic-themed cartoons developed in Rio de Janeiro, Brazil, in the late 19th century by artists such as Angelo Agostini and Bordallo Pinheiro, and the first half of the 20th century. These stories published in weekly periodicals printed in lithography, designed to inform and entertain, reflecting the look of the day, often uninformed and grotesque, under the influence of news about science in everyday life of the empire and speculating on how the future would be. We also talk about the language of these illustrated magazines and cartoons published until the 1930s, which anticipated elements that develop in the next century and seeki ng to colaborate, even inadvertently, to popularize technology concepts and images still far from the reality of the country, always merged the concepts of building a Brazilian identity. Finally we come to contemporary times, highlighting the work of two authors, Luiz Gê and Laerte, which incorporate and dialogue with elements of science fiction in philosophic comics. O artigo busca uma ponte entre a produção de narrativas ficccionais de temática cientificista e os desenhos humorísticos desenvolvidos no Rio de Janeiro, Brasil, no final do século XIX por artistas como Angelo Agostini e Bordalo Pinheiro e na primeira metade do século XX. Essas historietas publicadas em periódicos semanais impressos em litografia, destinavam-se a informar e divertir, repercutindo o olhar da época, muitas vezes desinformado e caricatural, sobre as influências das novidades da ciência no cotidiano do então império e especulando como seria o futuro. Ainda discorreremos a respeito da linguagem dessas revistas ilustradas e de charges publicadas até a década de 1930, que antecipavam elementos que se desenvolveriam no século seguinte e colaboravam, mesmo que inadvertidamente, para popularizar conceitos tecnológicos e imagens ainda distantes da realidade do país, sempre mescladas a conceitos de construção de uma identidade brasileira. Finalmente chegamos à contemporaneidade, destacando os trabalhos de dois autores, Luiz Gê e Laerte, que incorporam e dialogam com elementos da ficção científica em histórias em quadrinhos filosóficas.