O movimento de passar de sentado para de pé em idosos: implicações para o treinamento funcional

Abstract

The sit-to-stand (STS) movement is an important activity in daily living of most persons. Difficulties to execute this movement may occur in elderly people due to intrinsic or extrinsic factors, yielding limitations to their daily living activities. This review aims to characterize the STS movement, to identify limitations that interfere on the ability of elderly people to execute this movement, and to discuss how such limitations can be minimized by Physical Therapy. The STS movement is generated by a horizontal and vertical inertial moment. Activation of tibialis anterior, soleus, gastrocnemius, quadriceps, hamstrings, gluteus maximus, abdominal, lumbar paraspinal, trapezius, and sternocleidomastoid is normally observed during this movement. Factors related to the difficulty to execute the STS movement in elderly people are physiological factors, the initial position of body-parts and the environment. Physical Therapy treatment should emphazise muscle strengthering, specific muscle stretching, and maintainence of joint range of motion in order to optimize the performance of this movement in elderly individuals. In addition, strategies such as modification of seat height, the use of seats with arm rest and adequate positioning of the feet may facilitate the ability of the elderly to perform transition from sitting to standing. Especific functional treatment can also improve motor performance and promote greater independence in these individuals.O movimento de passar de sentado para de pé (ST-DP) é de grande importância no dia a dia das pessoas. Dificuldades na realização deste movimento podem ocorrer no idoso em decorrência de fatores intrínsecos ou extrínsecos, limitando a sua participação em atividades cotidianas. O objetivo da presente revisão foi caracterizar o movimento de ST-DP, identificar as limitações no idoso que interferem na sua habilidade de executar esse movimento e discutir como tais limitações podem ser minimizadas através do tratamento fisioterapêutico. O movimento de ST-DP é gerado por um momento de inércia horizontal e outro vertical e ressalta-se a ativação dos músculos tibial anterior, sóleo, gastrocnêmio, quadríceps, isquiotibiais, glúteo máximo, abdominais, paravertebral lombar, trapézio e esternocleidomastóideo durante a realização do mesmo. Fatores relacionados à dificuldade de passar de ST-DP em idosos incluem fatores fisiológicos, ambientais e a posição inicial de segmentos corporais. O tratamento fisioterapêutico deve abordar o ganho de força muscular, o alongamento da musculatura específica e a manutenção das amplitudes articulares para otimizar a performance desse movimento em idosos. Além disso, a adoção de determinadas medidas como a modificação da altura do assento, a presença de apoio para os braços e o posicionamento adequado dos pés podem facilitar a habilidade do idoso em realizar a tarefa de ST-DP. O treinamento funcional específico pode melhorar a performance motora e promover maior independência em indivíduos nesta faixa etária

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