A importância do tratamento das síndromes dolorosas no traumatismo cranioencefálico

Abstract

Segundo o modelo do National Center for Medical Rehabilitation Research, a doença crônica (como o traumatismo cranioencefálico) deve ser observada por meio de 5 eixos – a fisiopatologia, a deficiência observável (a hemiparesia), a limitação funcional (incapacidade para tarefa especifica), incapacidade para realização de atividades de vida diária, e limitação social. Levando em conta que tais aspectos sejam interrelacionados, a abordagem interdisciplinar é o método de escolha da prática da Medicina de Reabilitação. O objetivo do presente relato é confirmar a interferência da dor na reabilitação do traumatismo cranioencefálico (TCE), cuja importância muitas vezes é minimizada, apesar de crescentes estudos acerca da etiopatogenia e tratamento da dor no TCE. Foi realizado acompanhamento de uma paciente vítima de TCE na Divisão de Medicina Física do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo em 2002, para quem diversas modalidades analgésicas foram propostas, além da aplicação de questionário funcional e sobre qualidade de vida, com melhora observada em todas as medidas. É necessária análise crítica dos instrumentos de medida de saúde, na medida em que neles se observa alta capacidade para detecção de habilidades motoras e baixa eficiência em detectar melhora da funcionalidade devido aos ganhos nos campos psicoafetivos e sociais, que são diretamente relacionado à experiência dolorosaAccording to National Center for Medical Rehabilitation Research cronic disease model, there are 5 main axes to be on focus during treatment – pathophysiology, impairment, functional limitation, disability and societal limitations. Traumatic brain injury (TBI) is a condition in which patient faces all such problems. Due to great extension of life threaten, interdisciplinary approach is recommended approach. This case report aims to demonstrate the relevance of pain experienced by a TBI survivor and its level of interference during her rehabilitation. She has been treated by Division of Physical Medicine at the Institute of Orthopedics and Traumatology at the University of São Paulo during 2002 who has been submitted to several analgesic procedures. Her follow-up was demonstrated by means of quality of life and functional surveys, with significant improvement of measures. Although recent studies have been focused on pain characteristics in TBI, pain has been neglected among clinical practitioners. Critic analysis is necessary during scales interpretation because a global improvement may be due to psychossocial enhancement which is sometimes directly related to chronic pain

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