Tradução, Paródia e paráfrase: as reescrituras poéticas de Manuel Bandeira

Abstract

A maneira abrangente de repensar a tradução como uma forma de reescritura aproxima-a da adaptação e evidencia o seu caráter autoral. Se por um lado a reescritura é considerada uma atividade usurpadora, por outro liberta a obra do jugo do texto fonte, modificando o conceito da obra de arte como objeto único e insubstituível. Os vários tipos de transposição textual – paráfrase, paródia e "tradução para o moderno" – de Manuel Bandeira se caracterizam pela liberdade como são recriadas na língua alvo e altamente consideradas pela crítica. O objetivo deste trabalho não é de elaborar uma análise metódica e detalhada dos poemas recriados por Bandeira, mas de apresentar alguns exemplos que se inserem na discussão sobre conceitos de adaptação e tradução.A broader approach to translation considers it as a form of rewriting. This manipulative process overlaps with the concept of adaptation. If on one hand rewriting can be seen as an act of expropriation, on the other, it frees it from the source text straightjacket and disrupts the concept of work of art as a unique and irreplaceable object. Many types of textual transference, – paraphrase, parody and "translation into modern" – by Manuel Bandeira are characterized by the manner how they are freely recreated in the target language and are highly praised by the critics. The objective of this paper is not to make a detailed contrastive analysis of the poems recreated by Bandeira, but to provide some illustrative examples of the discussion about adaptation/translation concepts

    Similar works