Medical students’ quality of life: does the learning environment matter?

Abstract

Introdução: A qualidade de vida e a saúde mental dos estudantes de medicina podem afetar o seu desempenho acadêmico, suas habilidades e atitudes com pacientes. Evidências recentes confirmam a importância do ambiente educacional como um dos determinantes da saúde mental e qualidade de vida. Este estudo teve o objetivo de avaliar diferentes aspectos da qualidade de vida dos estudantes de medicina brasileiros em todos os anos do curso. Casuística e Métodos: Estudo transversal de abrangência nacional, com a utilização de questionário validado de qualidade de vida específico para o estudante da área da saúde (Veras-q). Resultados: De uma amostra aleatória de 1.650 estudantes, em 22 escolas médicas de diferentes regiões do país, 1.350 (81,8%) participaram do estudo. Os coeficientes de alfa Cronbach dos domínios do Veras-q variaram entre 0,77 e 0,82. Estudantes do sexo feminino apresentaram menores escores de qualidade de vida nos domínios físico, psicológico e uso do tempo, quando comparadas a seus colegas do sexo masculino (p<0,05; d<0,5). A percepção de qualidade de vida relacionada ao ambiente de ensino também foi menor entre estudantes dos últimos anos do curso (p<0,001; f<0,25), principalmente entre as mulheres (p<0,001; f=0,22). Conclusões: Estudantes do sexo feminino apresentaram pior percepção de qualidade de vida do que seus colegas do sexo masculino. Estudantes dos anos mais avançados do curso, principalmente as mulheres, apresentaram pior percepção de qualidade de vida no domínio ambiente de ensino quando comparados aos estudantes dos anos iniciais. Este estudo demonstra o impacto do ambiente educacional na qualidade de vida dos estudantes de Medicina e sugere que intervenções institucionais que aprimorem o ambiente, estimulem a formação de redes de suporte e promovam o bem-estar dos estudantes devem ser implementadas e avaliadas.Introduction: Medical students’ quality of life and mental health may affect their academic performance and their attitudes towards medical care. Recent evidence shows a preponderant role of the learning environment in the quality of life of medical students. This study aimed to assess Brazilian medical students’ quality of life throughout all years of medical school. Methods: Cross-sectional multi-centric study with the use of a quality of life questionnaire, validated for specific use among health sciences students (Veras-q). RESULTS: From a random sample of 1,650 students, 1,350 (81.8%) participated in the study. Cronbach’s alpha coefficients for Veras-q domains ranged from 0.77 to 0.82. Female students had lower scores on physical, psychological and time management domains of quality of life compared to male students (p<0.05; d<0.5). Perceptions of quality of life on the learning environment were also lower among students in the final years of medical school (p<0.001; f<0.25), especially among female students (p<0.001; f= 0.22). CONCLUSIONS: Female students showed worse perception of quality of life than their male counterparts. Students from more advanced years of medical school, especially women, also showed lower perception of quality of life in the learning environment domain. Institutional interventions directed to students at higher risk of low quality of life should be implemented and evaluated in further studies. This study demonstrates the impact of the learning environment on medical students’ quality of life, suggesting that institutional interventions designed to improve students’ well being such as the supporting networks must be adequately implemented and assessed

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