A hiperplasia prostática benigna (HPB) ocorre em até 80% dos homens acima de 70 anos. A prevalência da HPB aumenta com a idade, desde aproximadamente 25% dos homens com menos de 50 anos até 90% na oitava década de vida. Opções de tratamento para os sintomas de trato urinário inferior (STUI) secundários à HPB, por muito tempo, foram restritos a terapia medicamentosa e, na falência desta, tratamento cirúrgico. No entanto, as cirurgias prostáticas são associadas a riscos com sangramento, necessidade de transfusão, além da quase onipresente disfunção ejaculatória pós-operatória. Diversas técnicas novas e minimamente invasivas para tratamento da HPB surgiram nos últimos anos. Comum a todos esses métodos são um perfil de segurança favorável, porém com taxas de sucesso e de melhora clínica variáveis, mas frequentemente inferiores às encontradas nas técnicas cirúrgicas clássicas. Os pacientes que mais se beneficiam dessas técnicas novas são aqueles que não desejam passar por cirurgia; que possuem alto risco cirúrgico, além dos que desejam evitar a ejaculação retrógrada quase sempre presente após cirurgia aberta ou ressecção endoscópica da próstata. Dispositivos mecânicos como o TIND (Temporary implantable nitinol device, ou dispositivo temporário implantável de nitinol) e Urolift parecem oferecer resultados satisfatórios com um perfil de segurança amplamente favorável. A persistência da melhora dos sintomas é ainda questionável, uma vez que esses métodos ainda não contam com um seguimento superior a 5 anos. Também deve ser ressaltado que esses métodos podem ter sua performance limitada em próstatas excepcionalmente grandes. Em especial, o Urolift não deve ser indicado em pacientes com um lobo mediano proeminente ou com próstatas de peso estimado superior a 100 gramas. De forma semelhante, novas técnicas para ablação tecidual, como a ablação com energia convectiva de vapor de água, parecem oferecer resultados promissores e seguros, porém também com seguimento limitado. A embolização de artérias prostáticas é um outro procedimento seguro e uma opção para pacientes que não estejam aptos, pelo alto risco, a passar por cirurgias convencionais, com resultados de curto e médio prazo satisfatórios, porém também desconhecidos ao longo prazo.Benign Prostatic Hyperplasia (BPH) occurs in up to 80% of men older than 70 years. The prevalence of BPH increases with age, from approximately 25% of men at 50 years of age to 50 to 90% of individuals in their 8th decade of life. Treatment options for lower urinary tract symptoms (LUTS) secondary to BPH have been long restricted to drug therapy and, after failure of the former, surgical treatment. However, prostate surgery is associated with risks such as bleeding, necessity of transfusion and ejaculatory dysfunction. Several novel and minimally invasive methods for treatment of BPH have arisen in the past years. Common to all of these techniques are a more favorable safety profile and varying rates of success and clinical improvement, however frequently inferior to standard surgical techniques. Patients who will benefit the most from these procedures are those who would not wish to undergo surgery, those at prohibitively high risk for surgery, and those wishing to avoid ejaculatory dysfunction secondary to trans-urethral resection of the prostate (TURP) or open resection. Mechanical devices such as Temporary implantable nitinol device and Urolift appear to provide satisfying results with a favorable safety profile. Persistence of improvement is still questionable since follow-up longer than 5 years is not available for these methods. Of note, these methods may be of limited performance for larger prostates, in special, Urolift for those with a large median lobe or a prostate larger than 100 grams. Similarly, novel techniques for tissue ablation, including convective water vapor energy, appear to offer promising and safe results, yet with limited follow-up. Prostate artery embolization (PAE) is another safe procedure and an option for patients who are not suited for surgery, with satisfying short and medium-term follow-up but unknown results at long-term