Estudo retrospectivo de fatores de risco materno, pré e perinatal para paralisia cerebral na rede pública de saúde

Abstract

Estudo retrospectivo. Objetivo: Verificar os fatores de risco para paralisia cerebral no período de 5 anos (2010-2014) no município de Ribeirão Preto – SP, buscando identificar a proporção de crianças nascidas na rede pública e que foram identificadas como apresentando risco de atraso de desenvolvimento e, dentre estas, as diagnosticadas com paralisia cerebral, além de identificar os fatores de riscos mais prevalentes e associá-los ao diagnóstico de paralisia cerebral contribuindo, desta forma, para o desenvolvimento de estratégias locais de prevenção e assistência no município. Metodologia: A coleta de dados identificou os bebês de risco e os riscos materno, pré e perinatais nos prontuários das crianças que frequentaram o serviço de referência, onde o desfecho final era o diagnóstico de paralisia cerebral Foram realizadas análises descritivas e testes de associação. Resultados: Dos nascidos vivos no período, 23,3% foram considerados com risco de atraso do desenvolvimento. Foram analisados 481 prontuários e em 76,92% não havia informação da saúde prévia da mãe e a maioria não planejou a gravidez. Cerca de 65% das crianças apresentavam indícios de alterações neurológicas e 73,4% tiveram alta por abandono. Conclusão: O estudo identificou as crianças que tiveram risco de atraso e verificou os riscos mais frequentes e o perfil das características pré e perinatais. Devido ao número de altas por abandono, não foi possível verificar o desfecho, comprometendo as análises de associação, estimativa da prevalência de paralisia cerebral e uma intervenção mais direcionada no período de maior neuroplasticidade e melhor prognóstico, sendo necessárias adequações no serviço.Retrospective study. Objective: Verifying the risk factors for cerebral palsy in the period of 5 years (2010-2014) in the city of Ribeirão Preto - SP, seeking to identify the proportion of children born in the public system who were identified as presenting risk of developmental delays and, among those diagnosed with cerebral palsy, in addition to identifying the most prevalent risk factors and associating them with cerebral palsy diagnosis, thus contributing to the development of local prevention and care strategies in the County. Methodology: Data collection identified infants at risk and maternal, pre and perinatal risks in the records of children who attended the referral service where the final outcome was the diagnosis of cerebral palsy. Descriptive analyses and association tests were performed. Results: Of the live births in the period, 23.3% were considered at risk of developmental delay. A total of 481 medical records were analyzed, and in 76.92% there was no information on the mother's previous health and most of them did not plan the pregnancy. About 65% of the children had signs of neurological alterations and 73.4% were discharged from the hospital. Conclusion: The study identified the children who were at risk of delay and verified the most frequent risks and the profile of pre and perinatal characteristics. Due to the number of discharges, it was not possible to verify the outcome, compromising the analysis of association, estimation of cerebral palsy prevalence and a more targeted intervention in the period of major neuroplasticity and better prognosis

    Similar works