Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
Abstract
This paper propounds an alternative view to the semantic approach in the interpretation of scientific theories that stems from an analysis of many conceptions of model found in the related literature. Supporters of the semantic view interpret scientific theories as families of models. The term "model" is not clearly and univocally defined by them, but apparently their view resembles the logicians' and philosophers' one, according to which a model is a set-theoretic structure that allows one to interpret a given language. An alternative notion of model is here introduced; a model is an abstract entity or possible context to which a number of laws apply directly and exactly. In this sense, "model" is given a meaning related to both common sense and the sense in which, apparently, scientists use the term.Este artigo propõe uma alternativa à abordagem semântica na interpretação das teorias científicas, a partir de uma análise das diversas concepções de modelo encontradas na literatura pertinente. Os defensores da abordagem semântica interpretam as teorias científicas como famílias de modelos. O termo "modelo" não é clara e univocamente definido por eles, mas sua compreensão se aproxima, aparentemente, daquela dos lógicos e filósofos, segundo a qual um modelo é uma estrutura conjuntista que permite interpretar determinada linguagem. Uma noção alternativa de modelo é aqui apresentada, a saber, o modelo como uma entidade abstrata ou contexto possível ao qual se aplicam direta e exatamente determinadas leis. Desse modo, "modelo" ganha um sentido próximo tanto do senso comum, quanto daquele em que, aparentemente, os cientistas empregam o termo