Performances de gênero na umbanda: a pombagira como interpretação afro–brasileira de “mulher”?

Abstract

The pombagira, a female entity in the umbanda pantheon, contest gender stereotypes and offers to the african–brazilian community opportunities to develop the way they understand the “feminine” and the “woman”. Based on an ethnographic study developed at six terreiros in São Paulo State and interviews with female mediums and their own pombagiras, it is argued that, when we hear the field without hanging on to male and female prejudices, what we find is a reconfiguration of the qualities associated with “being a woman”. Data were analyzed through attention to the signifiers repeated in the interviews and in the field interaction and interpreted based on contemporary developments in gender studies.Este artigo investiga a pombagira, entidade feminina do panteão umbandista que contesta estereótipos de gênero e oferece à comunidade afro–brasileira possibilidades de elaborar a maneira como compreendem o “feminino” e a “mulher”. Com base em pesquisa etnográfica desenvolvida em seis terreiros de umbanda do estado de São Paulo, entrevistas com mulheres médiuns e com as suas próprias pombagiras, argumenta– se que quando damos ouvidos ao campo sem nos prendermos a preconcepções de masculino e de feminino, o que se encontra é uma reconfiguração das qualidades associadas ao “ser mulher”. Os dados foram analisados mediante atenção aos significantes que se repetiram nas entrevistas e na interação em campo discutidos a partir dos estudos de gênero

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