Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
Abstract
Between 1945 and 1955, the official policy of the Francoist Administration was to deny publicly the accusations made against the regime, considered in the post-war period as a persistence of the defeated Fascism. We sustain in this paper that – as regards the UN – the external actions were beyond the denial of facts, i.e., violations of rights in Spain; they attempted to relegate them to invisibility and, thus, make such subject go into oblivion. From the critical review of the diplomatic correspondence and of United Nations’ official documents, we reveal that the Francoist diplomacy resorted to two main paths of action: not to answer when asked to explain about violations of human rights in the Spanish territory; and obtain the silence of its closest allies in international forums about such issue.Entre 1945 e 1955, a tática oficial do governo franquista foi contestar publicamente as acusações dirigidas contra o regime, considerado no pós-guerra como uma persistência do fascismo derrotado. Neste artigo, sustentamos que, frente à ONU, a ação exterior foi além da negativa de fatos – ocorrências de violações de direitos na Espanha –, mas dirigiu-se a relegá-los à invisibilidade e, assim, produzir o esquecimento a respeito do assunto. A partir da avaliação crítica de correspondência diplomática e de documentos oficiais da Nações Unidas revelamos que a diplomacia franquista utilizou duas vias de ação principais: não responder quando instada a explicar-se sobre práticas de violação de direitos humanos em território espanhol; e obter de seus aliados mais próximos o silêncio sobre o assunto nos foros internacionais