Percepção dos Pais Sobre os Distúrbios Fonoaudiológicos na Infância

Abstract

Resumo Objetivo: descrever a percepção dos pais sobre a ocorrência e fatores associados aos distúrbios fonoaudiológicos na primeira infância. Método: a partir de entrevistas com questionário estruturado, 75 pais de pré-escolares da região sul do Brasil foram entrevistados. Foram verificadas as variáveis: sexo, idade, número de filhos e conhecimentos sobre os distúrbios fonoaudiológicos, como idade para alterações de linguagem, conseqüência de problemas auditivos, conduta perante problemas fonoaudiológicos, o que os hábitos deletérios podem ocasionar nas crianças e conhecimentos a respeito da fonoaudiologia. Resultados: em caso de suspeita de alteração de fala, 46 (61,3%) dos pais buscariam avaliação com fonoaudiólogo e 37 (49,3%) o pediatra. Quanto maior o nível de escolaridade dos pais, mais estes tendem a considerar a faixa etária entre 4-5 anos como idade final para a aquisição fonológica e superação das alterações de fala relacionadas ao desenvolvimento da linguagem (p = 0,005). A relação de conhecimento dos pais sobre mamadeira e chupeta com a escolaridade dos mesmos não se mostrou estatisticamente significante (p = 0,549). Conclusão: os pais possuem conhecimentos convergentes com o preconizado na atualidade em relação à ocorrência e comorbidades associadas a dificuldades auditivas e aquisição e desenvolvimento da linguagem na primeira infância.AbstractObjective: to acertain parents perception of the occurrence of and factors associated with speechlanguage and hearing disorders in early childhood. Methods: from interviews using a structured questionnaire, 75 parents of preschool children in southern Brazil were interviewed. The following variables were studied: gender, age, number of children and knowledge of the phonological disorders, such as age for language changes, results of hearing problems, behavior problems before speech therapy, what the deleterious habits can cause in children and knowledge of the speech therapy. Results: in case of suspicion of a speech-language disorder, 46 (61.3%) of parents seek evaluation by speech-language therapist and 37 (49.3%) by pediatricians. The higher the parents’ educational level of the, more they tend to consider the age group between 4-5 years as the final age of phonological acquisition and overcoming of speech disorders related to language development (p = 0.005). The relevancy between parents’ knowledge about baby’s bottle and pacifier to their schooling was not statistically significant (p = 0.549). Conclusion: the parent’s knowledge has converged with the recommendations in the present regarding the occurrence and comorbidities associated with hearing difficulties and acquisition and language development in early childhood

    Similar works