Aplicação de força no pedal em prova de ciclismo 40 km contra-relógio simulada: estudo preliminar

Abstract

O objetivo deste estudo foi analisar o comportamento das forças aplicadas no pedal durante uma prova de ciclismo 40 km contra-relógio simulada. Avaliou-se um triatleta de nível internacional utilizando-se uma bicicleta modelo estrada acoplada a um ciclossimulador eletromagnético. O protocolo consistiu em completar 40 km no menor tempo possível, utilizando estratégia de livre escolha, incluindo cadência e relação de marchas preferida. Utilizou-se um pedal direito instrumentado com "strain gauges" capaz de mensurar as componentes normal e tangencial da força aplicada no mesmo. Foi possível calcular a força efetiva (componente perpendicular ao pé-de-vela, chamada de FE), a partir das forças registradas pelo pedal. Durante todo o teste, monitorou-se o consumo de oxigênio (VO2), freqüência cardíaca (FC), potência e velocidade. Durante a prova simulada observou-se um aumento do esforço do triatleta a partir da análise do comportamento do VO2 e da FC, bem como pelo aumento da potência e da velocidade. A magnitude das forças normal e tangencial ao pedal apresentou redução no decorrer da prova, enquanto que a FE aumentou durante a fase de recuperação. Provavelmente o triatleta mudou o direcionamento das forças ao longo do teste na tentativa de otimizar as mesmas, influenciando dessa forma a técnica de pedalada. A estratégia adotada pelo triatleta parece ter contribuído para aumentar a efetividade da pedalada.The purpose of this study was to analyze the pedal forces during a simulated cycling 40 km time-trial. One experienced triathlete was evaluated using a road bike mounted on a magnetic cycle simulator. The self-preferred cadence and gear was adopted to complete the 40 km in less time possible. The right regular pedal was replaced by an instrumented pedal to record the normal and tangential components of force applied on it. The effective force (perpendicular component to the crank) was calculated from normal and tangential forces. Oxygen uptake, heart rate, power output and speed were registered. During the time-trial the triathlete.s effort increased and this influenced the oxygen uptake and heart rate. The forces magnitude showed a little decreased by the end of the test while the effective force increased on the second half of the recovery phase. Probably the triathlete changed the direction of the forces during the 40 km trial to try to optimize the application of force thus influencing the pedaling technique. The strategy adopted by the triathlete caused a positive change in the pedaling effectiveness

    Similar works