Universidade de São Paulo. Escola de Educação Física e Esporte
Abstract
It is well known that athletes practicing exhaustive exercise may present, at the end of a competitive season, signs of “overtraining”/”overreaching”, that comprise loss of performance and many physiological, metabolic and psychological changes. In an attempt to identify possible signs of “overreaching” we studied a group of ten professional cyclists, mass 72.1 ± 3.5 kg, VO2 máx 73.96 ± 3.7 mL.kg-1.min-1, age 23 ± 4.01 yr, for 2 consecutive competitive seasons. The maximal consumption of oxygen and blood lactate concentration, during an maximal incremental test, as a mean to evaluate changes in athletes performance, and plasma cortisol, glutamine and glutamate concentrations, as metabolic markers for “overreaching” were assessed. Blood samples were collected from the antecubital vein 9 times during the two years period, after bouts of high intensity training and competition. The maximal consumption of oxygen (74.9 ± 1.69 mL.kg-1.min-1 and 77.62 ± 3.37 mL.kg-1.min-1, beginning and the end of first season) and plasma lactate concentration did not change during the experiment, but at the end of both seasons the athletes reported early fatigue symptoms, evaluated by using Borg scale, and could not reach the same load at the end of the tests (early exhaustion). Plasma glutamine (559.8 µmo.l-1 to 531.7 µmo.l-1 in the first season and 438.7 µmo.l-1 to 393.06 µmo.l-1 in the second season) and glutamate (214 µmo.l-1 to 167.2 µmo.l-1 in the first season and 244.2 µmo.l-1 to 205.64 µmo.l-1 in the second season) concentration were reduced at the end of both seasons, and plasma cortisol (363.15 µmo.l-1 to 569.66 µmo.l-1 in the second season), increased. Therefore, we conclude that the changes in plasma glutamine, glutamate and cortisol during a competitive season could be used as an early indicative of “overreaching”.É bem descrito que atletas que praticam atividade física exaustivas podem apresentar, ao final de um macrociclo de competições, sinais de “overtraining”/”overreaching” que incluem a diminuição no desempenho e muitas mudanças fisiológicas, metabólicas e psicológicas. Na tentativa de identificar possíveis sinais do “overreaching”, nós estudamos um grupo de 10 ciclistas profissionais, peso 72,1 ± 3,5 kg, consumo máximo de oxigênio (VO2 máx) 73,96 ± 3,7 mL.kg-1.min-1, idade 23 ± 4,01 anos, durante dois macrociclos anuais consecutivos. O VO2 máx e a concentração sangüínea de lactato, durante um teste incremental máximo, foram utilizados para avaliar o desempenho dos atletas e a concentração plasmática de cortisol, glutamina e glutamato, como marcadores metabólicos do “overreaching”. Durante o período de dois anos, nove amostras de sangue foram coletadas por punção venosa após os períodos de treinamento de alta intensidade e de competições. O VO² máx (74,9 ± 1,69 mL.kg-1.min-1 e 77,62 ± 3,37 mL.kg-1.min-1, respectivamente início e final do primeiro macrociclo) e a concentração plasmática de lactato não tiveram alterações durante o estudo, contudo, ao final de ambos macrociclos, os atletas apresentaram sinais de fadiga, percebidos através da escala de esforço subjetivo de Borg e pelo fato de não conseguirem suportar as mesmas cargas ao final dos testes (exaustão precoce). A concentração plasmática de glutamina (559,8 µmo.l-1 para 531,7 µmo.l-1 no primeiro macrociclo e 438,7 µmo.l-1 para 393,06 µmo.l-1 no segundo macrociclo) e do glutamato (214 µmo.l-1 para 167,2 µmo.l-1 no primeiro macrociclo e 244,2 µmo.l-1 para 205,64 µmo.l-1 no segundo macrociclo) diminuíram e a concentração plasmática de cortisol (363,15 µmo.l-1 para 569,66 µmo.l-1 no segundo macrociclo) aumentou. Com isso, nós concluímos que durante um macrociclo competitivo as mudanças na concentração plasmática de glutamina, glutamato e cortisol, podem ser utilizadas como marcadores precoces de um estágio de “overreaching”