Analytical Bias in Taphonomic Studies of Macro-invertebrates: (Paleo)Environmental and (Paleo)Ecological Implications

Abstract

Recente revisão da literatura revelou que nos estudos com macroinvertebrados (fósseis e holocênicos) não há padronização dos métodos empregados na análise tafonômica. Assim, muitos dos resultados disponíveis não são comparáveis entre si, mesmo entre pesquisas que envolvem o mesmo grupo taxonâmico, de mesma idade e ambiente deposicional. O efeito que variáveis, tais como tamanho (= fração granulométrica) dos bioclastos, tem na análise tafonômica não é ainda totalmente conhecido. A fim de entender esse aspecto, as assinaturas tafonômicas (articulação, tipo de valva, fragmentação, abrasão, corrosão, modificação da margem, alteração da cor, bioerosão e incrustação) de conchas de braquiópodes [Bouchardia rosea (Mawe)] da enseada de Ubatuba, costa norte do Estado de São Paulo, foram investigadas, segundo diferentes frações granulométricas. Na área de estudo, o substrato de 14 estações de coleta foi amostrado via pegador Van Veen, ao longo do gradiente batimétrico de 0 a 35 m de profundidade. As amostras foram peneiradas com malhas de 8 mm, 6 mm, e 2 mm, totalizando 5.204 conchas de braquiópodes. Os resultados indicam que as assinaturas tafonômicas, quando investigadas independentemente para as conchas de cada fração (8 mm, 6 mm e 2 mm), são registradas de maneira complexa e aleatória. Em adição, análises de agrupamento para a distribuição das assinaturas mostram que a similaridade entre os grupos varia segundo a fração. Portanto, a escolha da fração granulométrica apresenta importante papel nas análises tafonômicas. Os resultados sugerem que a decisão metodológica de concentrar a análise tafonômica em uma única classe de tamanho não, necessariamente, é a melhor opção. Desse modo, o uso da fração total (todas as frações incluídas) forneceu os resultados mais acurados à análise tafonômica das acumulações bioclásticas estudadasA review of recent literature shows that most taphonomic studies of Holocene and fossil macrovertebrates are not methodologically standardized. Hence, results from distinct studies are not comparable, even among researches sharing virtually identical goals, targeting the same biological group of similar age and depositional environment. The effects of the shell size in the taphonomic analysis are still poorly understood. In order to study this issue, the taphonomic signatures (articulation, valve type, fragmentation, abrasion, corrosion, edge modification, color alteration, bioerosion and encrustation) of brachiopod shells [Bouchardia rosea (Mawe)], from Ubatuba Bay in the northern coast of São Paulo State, were investigated according to the sieve sizes. In the study area, 14 collecting stations were sampled via Van Veen grab sampler, along a bathymetric gradient, ranging from 0 to 35 m of depth. Bulk samples were sieved through 8 mm, 6 mm, and 2 mm mesh sizes, yielding a total of 5.204 shells. The results indicate that, when taphonomic signatures were independently analyzed per size classes (8 mm, 6 mm, and 2 mm), the taphonomic signatures are recorded in a complex and random way. Additionally, cluster analysis showed that the similarity among the clusters vary according to the considered sieve size. Thus, the sieve size plays an important role in the distribution of taphonomic signatures in shells of distinct sizes. These results suggest that the concentration of the taphonomic analysis on one class (e.g., the largest sieve size, 8 mm) is not always the best method. Rather, the total data (all sieves included) seems more accurate in recording the whole spectrum of taphonomic processes recorded in shells of a given assemblage

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