HLA e malária em quatro diferentes grupos étnicos da Colômbia

Abstract

HLA antigens and their relationship with malaria infection were studied in four different ethnic groups in Colombia (South America): two groups of indians (Kunas and Katios), one of negroes and a group of mixed ancestry. A total of 965 persons were studied, 415 with malaria and 550 as controls. HLA-A,B, and C antigen frequencies in the four groups are reported. The association of each HLA antigen with malaria infection due to P. vivax and to P. falciparum was evaluated. Negroes, Kunas and Katios indians variously lack from 6 to 9 of the HLA antigens found in the mixed group. In the designated ethnic groups, antigens B5, B13, B15, Cw2 and Cw4 showed borderline association with malaria infection. However, in the mixed ethnic group, statistically significant associations were found with malaria infection and the presence of A9, Aw19, B17, B35, and Z98 (a B21-B45: crossreacting determinant) with few differences when P. vivax infection and P. falciparum infection were considered individually. This finding may represent a lack of general resistance to malaria in the group that harbors antigens of Caucasian origin. These individuals have been in direct and permanent contact with malaria only in the past 65 years. In contrast, indians, both Kunas and Katios, and Negroes have lived for centuries in malaria endemic areas, and it is possible that a natural selection system has developed through which only those individuals able to initiate an acute immune response to malaria have survived.Foram estudados os antigenos HLA e a relação destes com a infecção malárica em 4 diferentes grupos étnicos da Colômbia (América do Sul); dois grupos de índios (Kunas e Katios), um grupo de negros e um grupo que apresentava ancestrais mistos. Foram estudadas 965 pessoas, das quais 415 com malária e 550 como controles. A freqüência dos antígenos HLA-A, B e C foram determinados nos quatro grupos estudados. A associação de cada antígeno HLA com a infecção por P. vivax e P. falciparum foi avaliada. Os antígenos HLA 6-9 encontrados no grupo de ancestrais mistos, de um modo geral não foram observados nos grupos de negros e índios (Kunas e Katios). Nos grupos étnicos mencionados, os antigenos B5, B13, B15, Cw2 e Cw4 apresentaram uma associação limítrofe com a infecção por malária. Entretanto, no grupo étnico de ancestrais mistos foi observada uma associação estatisticamente significativa com a infecção malárica, sendo que a presença de A9, Aw19, B17, B35 e Z98 (B21-B45: determinantes de reação cruzada) mostrou poucas diferenças quando as infecções por P. vivax e P. falciparum foram consideradas individualmente. Esse achado pode representar, de um modo geral, uma falta de resistência a malária no grupo portador de antigenos de origem caucasiana, os quais tem tido um contacto direto e permanente com a malária somente nos últimos 65 anos. Em contraste, os índios (Kunas e Katios) e os negros tem vivido durante séculos em áreas endêmicas para malária, é possível que um sistema de seleção natural tenha sido desenvolvido permitindo que somente aqueles indivíduos capazes de iniciar uma resposta imune à malária sobrevivam

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