Leishmaniose tegumentar americana: flebotomíneos de área de transmissão no Norte do Paraná, Brasil

Abstract

Most of the cases of cutaneous leishmaniasis diagnosed in the laboratory of the State University of Maringá, Paraná, Brazil, are related to areas of northern Paraná State, which have been settled since 40 years age, when the destructions of vast areas of forest in this region was begun. The native vegetation, already, in large part, destroyed is constituted of dense forest of the type found in the transition from tropical to subtropical regions. The landscape is constituted of plateau with a climate of transition from tropical to subtropical and annual mean temperatures of 20°C to 22°C, the mean of the hottest month being superior to 22°C. The native forests are represented by small, sparse patches of vegetation, with some modification in the basins of the rivers Ivaí, Paranapanema and Paraná and their tributaries. In this environment 24 captures of phlebotomines were made - 2 per month from October 1986 to September 1987, between 6 P.M. and 1 A.M. The captures with Shannon trap were made in the outlying forest of Palmital farm. The majority of the 16,496 phlebotomines were classified into 13 species. Lutzomyia whitmani was predominant with 11,188 (67.82%) specimens, followed by Lutzomyia intermedia with 2,900 (17.58%) and Lutzomyia migonei with 1,481 (9.03%). Lutzomyia whitmani and Lutzomyia intermedia have been manifesting great capacity of adaptation in modified environments, where they have played a significant role in transmission of leishmaniasis.Dos casos de leishmaniose tegumentar diagnosticados no Laboratório de Ensino e Pesquisa de Análises Clínicas da Universidade Estadual de Maringá-PR (Brasil), a maioria está relacionada a áreas, no Norte do Paraná, que vem sendo ocupadas desde a década de 1940, quando se iniciou extenso desmatamento naquela Região. A vegetação nativa, já em grande parte destruída, é constituída por mata densa do tipo tropical de transição para subtropical. A paisagem no seu conjunto é de planalto, com clima tropical de transição para subtropical, temperaturas médias anuais entre 20°C e 22°C e média do mês mais quente superior a 22°C. Das florestas nativas restam poucas e esparsas manchas de vegetação, geralmente modificadas, ao longo das bacias dos rios Ivaí, Paranapanema e Paraná, e seus afluentes. Neste ambiente foram feitas 24 capturas de flebotomíneos, 2 por mês, de outubro de 1986 a setembro de 1987, das 18 horas à l hora do dia seguinte. As capturas, com armadilhas de Shannon, foram realizadas às margens de mata modificada, tendo sido classificados 16.496 flebotomíneos, pertencentes na sua quase totalidade a 13 espécies. Observou-se prevalência de Lutzomyia whitmani com 11.188 (67,82%) exemplares, seguido por Lutzomyia intermedia com 2.900 (17,58%) e Lutzomyia migonei com 1.491 (9,03%). Lutzomyia whitmani e Lutzomyia intermedia vêm mostrando grande capacidade de adaptação nos ambientes antrópicos, onde têm destacado papel na transmissão de leishmaniose

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