Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública
Abstract
Birthweight is the result of many factors (organic, psychological, social) acting on the genetic potential of the fetus. Consequently, its distribution is different according to the characteristics of the population. In this paper the authors studied the weight at birth of live newborns (from 1978 to 1979) in the two big maternity hospitals, in Florianópolis, responsible for 90% of all births in the area, by sex, litter size and mother's health security. The authors verified that the mean birthweight of the 18,491 live newborns was 3,347.6gr. In that population 5.3% of the newborns were low birthweight infants, and 11.1% weighed 4,000gr or more. Male newborns weighed significantly more than female babies, and the same difference occurred between single and multiple births. The relationship between the newborn's birthweight and the kind of health security the mother had showed that the mothers who didn't pay any kind of health security had babies with lower birthweight than those of the mothers who subscribed to some health security scheme. The data showed that this population has a low incidence of low birthweight babies, with a distribution similar to that observed in developed countries.O peso ao nascer do recém-nascido é o resultado de diversos fatores (orgânicos, psíquicos e sociais) sobre o potencial genético do feto. É natural que sua distribuição seja diferente conforme as características da população. Desta maneira, pretendeu-se estudar o peso ao nascer dos recém-nascidos vivos, de 1978 e 1979, de duas grandes maternidades de Florianópolis, SC (Brasil), nas quais ocorrem 90% dos partos da região, segundo sexo, tipo de nascimento e filiação previdenciária das mães. Observou-se que a média de peso ao nascer dos 18.491 recém-nascidos vivos estudados foi de 3.347,6g. Nessa população ocorreu 5,3% de baixo peso ao nascer e 11,1% de crianças com 4.000g ou mais. As crianças do sexo masculino pesaram ao nascer mais que as do sexo feminino, sendo esta diferença estatisticamente significativa. O mesmo fato ocorreu com as crianças de nascimentos únicos e múltiplos, tendo os primeiros peso ao nascer maior que os segundos, sendo também esta diferença estatisticamente significativa. O estudo da relação entre a filiação previdenciária das mães e o peso ao nascer das crianças mostrou que as mulheres da classe "indigente/serv. social" tiveram número significativamente maior de recém-nascidos de baixo peso do que os de outras categorias sociais. Esses dados mostram que a população estudada apresentou uma baixa incidência de baixo peso ao nascer, com uma distribuição de peso ao nascer semelhante a de países adiantados